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Após ser expulso do debate da TV Cultura por agredir o influenciador Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira, o apresentador José Luiz Datena (PSDB) disse que pretende continuar candidato à Prefeitura de São Paulo. “Eu pretendo me manter candidato até o fim”, disse Datena ao deixar o debate. Segundo o tucano, a decisão, no entanto, “depende do partido”. "PSDB já foi um dos maiores partidos do país, que teve dois mandatos presidenciais muito estruturantes. É muito melancólico o fim da legenda, porque já não tem mais seus grandes líderes e, em vez de fechar esta história, está esticando sua fase moribunda. É uma marca que vai caindo em desgraça, escolhendo o Datena que nunca teve nada a ver com Política - e em um dia chora, no outro vai às vias de fato com adversário. Ele dá a imagem do fim de um grande partido", opina Cantanhêde.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso mandou servidores e magistrados devolveram o auxílio-alimentação de R$ 10 mil - o penduricalho “vale-peru” - pago em dezembro. A desembargadora Clarice Claudino da Silva, presidente do tribunal, que havia autorizado o aumento de 500% no benefício, recuou depois que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra o Poder Judiciário, mandou suspender o pagamento por considerar o valor exorbitante. "Quem decidiu tudo isso foi uma desembargadora, que é presidente do Tribunal, e, segundo o Estadão, teve ao longo de 2024 um salário líquido de R$ 130 mil - sendo que a Constituição Brasileira diz que o teto de salário no setor público é R$ 44 mil, que é dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Mas esta senhora, como tantos juízes, recebe muito acima. É um descumprimento da Constituição, usando pequenos 'atalhos'. Se ficamos em cima de Legislativo, Executivo e Forças Armadas também temos de ver quem fiscaliza e pune o próprio Judiciário", afirma Eliane.
O Senado aprovou por 49 votos a 19, o primeiro projeto de lei complementar com as regras para o funcionamento da reforma tributária. Como foram feitas modificações pelos senadores, o texto retornará à Câmara para nova apreciação dos deputados – o que deve ocorrer na próxima semana. Durante a tramitação no Senado, as bebidas açucaradas saíram da lista de produtos sujeitos ao Imposto Seletivo, o chamado “imposto do pecado” – criado para desestimular o consumo de itens que façam mal à saúde e ao meio ambiente. Também foram poupadas as armas e munições, cuja tributação foi sugerida pelo relator, Eduardo Braga (MDB-AM), mas não recebeu o apoio dos senadores. "Muitas questões foram 'reincluídas'. Já tinham vindo da Câmara, Braga tentou corrigir as falhas do projeto que veio de lá, mas foi derrotado - inclusive sobra as armas e munições. Não tem nada mais nocivo à saúde quanto elas, porque matam, mas a força das bancadas, acima dos partidos, conseguiu retirar. Não estou otimista sobre a Câmara melhorar a proposta, portanto a pressão vai continuar; acho que vai continuar exatamente como está", afirma Eliane.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 12, mostra que presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), venceriam todos os potenciais candidatos da direita à Presidência em 2026 se as eleições fossem hoje. Em cenários hipotéticos de segundo turno, os dois bateriam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). "São boas notícias não apenas diretamente para o presidente, como para o PT. Haddad é tido como alternativa ao presidente na eleição de 2026", diz Cantanhêde.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou, durante Fórum dos Governadores, em Brasília, que existe um consenso sobre a necessidade de uma proposta de emenda à Constituição para “revisitar” o tema da segurança pública na Carta Magna de 1988. Após a reunião, o ministro assegurou que a PEC vai garantir a autonomia dos governadores em relação à gestão das polícias Militar e Civil. "Agora, Lewandowski admite que não tem mais só sua proposta e a do Governo são três: dos municípios, dos estados e do Governo Federal, mas com discrepâncias menores. O problema agora é convencer a Casa Civil, que trancou a proposta do ministro", conta Eliane.
A equipe médica que operou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (10), em uma entrevista à imprensa, que ele está bem, conversa e se alimenta normalmente e não ficará com nenhuma sequela. Segundo os médicos, as funções neurológicas dele estão preservadas. Ele fez um procedimento cirúrgico de emergência para drenar um hematoma na cabeça - ainda em decorrência da queda que sofreu em casa em outubro. "Lula acaba de fazer 79 anos, já teve câncer, teve uma vida dura e muito estresse. É claro que isso joga montes de interrogações sobre sua capacidade de disputar mais uma reeleição em 2026. Este, que é um debate sutil, vem crescendo muito nos bastidores de Brasília. Além do lado 'pessoa' do presidente, há a questão política, pois o País está muito polarizado. Sem o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível, há um vácuo muito grande e expectativa de guinada ao Centro; é este eleitorado que está órfão", avalia Eliane.