Ouça aqui as entrevistas conduzidas pelos apresentadores Carolina Ercolin e Haisem Abaki
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Após anos de discussão, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) aprovou a revisão das regras de preservação dos Jardins com a liberação de “condomínios horizontais”. A mudança é defendida por uma parcela dos moradores, mas criticada por outros grupos de vizinhos, entre eles a associação Ame Jardins, que pretende contestar a decisão na Justiça. Alguns integrantes do conselho estadual apontaram a vacância de imóveis e o esvaziamento de uma parte dos Jardins América, Europa, Paulista e Paulistano como justificativa para a alteração. A medida facilita a construção de condomínios residenciais de até 10 metros de altura total (cerca de três andares). A construção de novos prédios verticais continua vetada, a não ser por alguns trechos de exceção já anteriormente vigentes, como na Avenida Brigadeiro Faria Lima. Em entrevista à Rádio Eldorado, o presidente da Ame Jardins, Fernando Sampaio, avaliou que a mudança daria margem futura até para condomínios horizontais não residenciais, como de escritórios.
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, dissolveu a câmara baixa do Parlamento e convocou eleições antecipadas para 23 de fevereiro de 2025. A dissolução estava prevista como parte do processo de dissolução do governo alemão, após parlamentares aprovarem moção de desconfiança do chanceler Olaf Scholz em dezembro. Para o professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, o país tem enfrentado uma crise econômica há seis anos, com alta da taxa de desemprego e reflexos políticos muito fortes graças à política de austeridade fiscal. O contexto abre espaço para críticas a migrantes e um discurso alinhado à extrema direita.
A representante da sociedade civil no Conselho Municipal de Trânsito e Transporte, Marta Lilia Porta, critica a falta de discussão sobre o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo. “Fomos chamados quando a decisão já estava tomada. Os conselhos são fantasiosos, não há poder de decisão”, alega em entrevista à Rádio Eldorado. O Tribunal de Justiça deu o prazo de 48 horas para a Prefeitura de São Paulo explicar o aumento da tarifa de ônibus de R$ 4,40 para R$ 5 a partir de 6 de janeiro de 2025. O reajuste da passagem é de 13,6% e foi anunciado na quinta-feira (26). ‘Como se chegou a esses valores? Pedimos a ampliação das justificativas e não foram enviadas pelo poder municipal’, justificou. Para Porta, a tarifa é absurda porque o serviço ‘continua sendo uma portaria’.
A morte do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter será marcada por um acontecimento raro no país: um funeral de Estado. As cerimônias públicas em homenagem ao legado de Carter serão realizadas em Atlanta e Washington, DC, seguidas de um enterro privado em Plains, Geórgia, de acordo com o Carter Center. O subeditor de Internacional do Estadão, Luiz Raatz, explica que apesar de ocupar um dos postos mais importantes do planeta, foi fora dele que Carter acabou reconhecido. O líder democrata fundou o Centro Carter, um dos poucos observadores independentes que acompanha pleitos ao redor do mundo para garantir a confiabilidade dos resultados.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou em novembro o tombamento definitivo do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, onde fica o ginásio do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo. A análise da medida ocorria desde dezembro de 2020. Um ano depois, a unidade foi tombada de forma emergencial para evitar danos à sua integridade. Com a decisão, agora definitiva, quatro áreas do imóvel não poderão ser destruídas, demolidas ou danificadas: o Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro; o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo; o Estádio Ícaro de Castro Melo e o Ginásio Geraldo José de Almeida. Os edifícios são os mais antigos do complexo, que foi construído entre 1930 e 1950. Ficaram fora do tombamento outras edificações, como o Palácio do Judô, a moradia de atletas do antigo Projeto Futuro e as quadras externas de tênis, que não foram consideradas de valor arquitetônico significativo. A Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo firmou uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação e com a CDHU e realizou licitação para obras no Estádio Ícaro de Castro Melo, com custo inicial de R$ 70 milhões. O Iphan e atletas entraram nos últimos anos em uma disputa pela proteção do complexo com o governo de São Paulo. O ex-governador João Doria (sem partido) chegou a planejar uma arena multiuso coberta, com capacidade para 20 mil pessoas no lugar do estádio de atletismo. O espaço também receberia dois edifícios comerciais e o atual Ginásio do Ibirapuera seria transformado em shopping center. Já em fevereiro deste ano, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou um evento de automobilismo na pista de atletismo do Estádio Ícaro de Castro Melo. A pista chegou a ser destruída por um trator. Com as críticas e a mobilização de atletas, o evento foi cancelado. Em entrevista à Rádio Eldorado, a arquiteta Raquel Schenkman, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) em São Paulo, disse que o tombamento foi definido por critérios técnicos, mas destacou que é preciso acompanhar as obras para o cumprimento de protocolos e o uso de materiais de acabamento adequado.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que considera “totalmente” a possibilidade de deixar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se o seu país não obtiver um “acordo justo” e os demais aliados não “pagarem suas contas”. Em entrevista à Rádio Eldorado, Gunther Rudzit, professor de Relações Internacionais da ESPM, disse não acreditar na saída americana da aliança militar, mas ressaltou que Trump tem razão quanto aos custos, pois os membros da OTAN não cumpriram até agora o compromisso de destinar no mínimo 2% do PIB de cada país para a Defesa. “Em 2025 todos prometem chegar nesse patamar”, afirmou. Para Rudzit, o mais provável é que Trump utilize outras estratégias para afetar o funcionamento da aliança, como não indicar ou não enviar um embaixador e um comandante militar para a organização. “Na OTAN, as medidas precisam ser aprovadas por unanimidade”, observou. Na avaliação do especialista, Trump poderá pressionar por um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia, não pela diplomacia, mas “ameaçando os dois lados”.