Ouça aqui as entrevistas conduzidas pelos apresentadores Carolina Ercolin e Haisem Abaki
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Em 2024, os brasileiros realizaram mais atividades culturais em comparação ao ano anterior com o aumento do consumo de streaming, novelas e idas a espetáculos. A conclusão é da pesquisa Hábitos Culturais, realizada pelo Datafolha e pelo Observatório Fundação Itaú. Segundo o levantamento, 97% dos 2.494 entrevistados afirmam ter realizado alguma atividade cultural este ano, 61% dizem realizar pelo menos uma atividade cultural presencial por mês, enquanto 88% optaram pelo formato remoto no período, superando os 72% do ano passado. A questão social continua sendo fator relevante para as práticas culturais: 59% de pessoas das classes D e E recorrem às atividades gratuitas, contra apenas 23% das classes A e B. A insegurança e a violência e questões financeiras são os principais motivos para o afastamento dos programas presenciais, com 35% cada. As justificativas são seguidas por cansaço, desânimo ou preguiça (26%), falta de disponibilidade de horários (25%) e distância em relação aos equipamentos culturais (24%). Foram entrevistados homens e mulheres, com idade entre 16 e 65 anos de todas as classes econômicas, de 06 a 16 de agosto de 2024, através de abordagem em pontos de fluxo populacional. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. Em entrevista à Rádio Eldorado, a gerente do Observatório Fundação Itaú, Carla Chiamareli, disse que os resultados indicam que “as pessoas têm sede de cultura”, mas também apontam para a necessidade de políticas públicas voltadas para vários segmentos. “O acesso à cultura tem que ser acompanhado de outras políticas, como mobilidade, zeladoria, iluminação e segurança”, afirmou.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que considera “totalmente” a possibilidade de deixar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se o seu país não obtiver um “acordo justo” e os demais aliados não “pagarem suas contas”. Em entrevista à Rádio Eldorado, Gunther Rudzit, professor de Relações Internacionais da ESPM, disse não acreditar na saída americana da aliança militar, mas ressaltou que Trump tem razão quanto aos custos, pois os membros da OTAN não cumpriram até agora o compromisso de destinar no mínimo 2% do PIB de cada país para a Defesa. “Em 2025 todos prometem chegar nesse patamar”, afirmou. Para Rudzit, o mais provável é que Trump utilize outras estratégias para afetar o funcionamento da aliança, como não indicar ou não enviar um embaixador e um comandante militar para a organização. “Na OTAN, as medidas precisam ser aprovadas por unanimidade”, observou. Na avaliação do especialista, Trump poderá pressionar por um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia, não pela diplomacia, mas “ameaçando os dois lados”.
Milhões de peregrinos são esperados em Roma para o Jubileu 2025 da Igreja Católica. O ano santo terá como tema “Peregrinos da Esperança”. O Ano Jubilar será iniciado oficialmente pelo Papa Francisco neste 24 de dezembro, véspera de Natal, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro. As peregrinações e celebrações vão ocorrer durante todo o ano de 2025, com temas voltados para vários segmentos da população mundial e diversas categorias profissionais. O Vaticano também incluiu um evento organizado por católicos LGBTQIA+ em seu calendário oficial online para o Jubileu, em um sinal incomum de abertura da Igreja em relação à comunidade gay, com a peregrinação em setembro do grupo italiano "La Tenda di Gionata”, que descreve seu objetivo como o de promover a acolhida de pessoas LGBT na Igreja. Em entrevista à Rádio Eldorado, o teólogo Fernando Altemeyer Júnior, professor da PUC-SP, disse que as celebrações vão ocorrer em todas as igrejas do mundo e ressaltou que, apesar da resistência de alguns setores em relação ao acolhimento da comunidade LGBT, “mudou a postura de não mais mandar pro inferno, de condenar”. “Os jubileus representam alegria, festa e liberdade. Soa a trombeta para um tempo diferente. É uma espécie de carta de alforria”, afirmou.
A Defesa Civil do Estado de São Paulo alerta que, entre esta véspera de Natal e a próxima sexta-feira, estão previstas chuvas intensas, especialmente nas regiões do Litoral Norte, Vale do Paraíba, Litoral Sul, capital paulista, Região Metropolitana de São Paulo, região de Campinas, Sorocaba e Bauru. Em entrevista à Rádio Eldorado, o diretor de comunicação do órgão, capitão Roberto Farina, disse que o Gabinete de Crise estará mobilizado ao longo da semana do Natal para garantir uma pronta resposta à população em caso de emergência causada pelas chuvas. Acompanhe as orientações de prevenção e de medidas a serem adotadas em caso de temporais.
O pacote de contenção de gastos do governo, aprovado pelo Congresso, pode não ser suficiente para reequilibrar as contas públicas em 2025. A avaliação é da professora de Economia do Insper, Juliana Inhasz. “Vai ser um ano em que a probabilidade de não atingir a meta fiscal é alta”, afirmou. Além de fatores domésticos, ela aponta que medidas anunciadas pelo futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem gerar impacto inflacionário na economia americana e pressionar os juros, o câmbio e a inflação no Brasil.
O tempo médio de atendimento a ocorrências emergenciais pela distribuidora de energia Enel em São Paulo aumentou cerca de três horas entre 2019 e 2024, de 9,13 horas para para 12,21 horas, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No entanto, a concessionária alega que reduziu o tempo médio de resposta entre os apagões de novembro de 2023 e de outubro deste ano. Em entrevista à Rádio Eldorado, o CEO da empresa, Guilherme Lencastre, disse que o tempo médio agora está em 450 minutos (7 horas e 30 minutos). Apesar disso, ele reconheceu a necessidade contratação de mais funcionários para melhorar o atendimento às emergências. Segundo Lencastre, dos 1,2 mil novos eletricistas anunciados pela empresa, 600 já foram contratados e os outros 600 devem estar nos quadros da concessionaria até março do ano que vem. O CEO da Enel também disse que devem ser feitos investimentos de R$ 10,4 bilhões entre 2025 e 2027 para deixar a rede elétrica “mais resistente a toques de galhos de árvores”, além de “automação para minimizar interrupções”. A entrevista com Lencastre foi gravada na última sexta-feira, antes do temporal do fim de semana, e veiculada na manhã desta sexta-feira, no momento em que cerca de 16 mil clientes da empresa na Grande São Paulo estavam sem energia.