A Suécia confirmou ontem  seu primeiro caso de mpox do “tipo mais grave” da doença, a variante Clado 1b. A doença recebeu esta semana o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde, que decretou emergência global. Esta é primeira vez que o Clado 1b é identificado fora do continente africano. O  paciente foi infectado durante o período em que viajou para o continente africano, onde existe um grande surto de mpox do Clado 1b. No Brasil, casos da variante não foram registrados. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o cenário da doença mpox no país é para alerta, mas não para alarme. Em entrevista à Rádio Eldorado, o infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, disse que é “questão de tempo” a nova cepa chegar ao País, mas ressaltou que a transmissão “não é predominantemente respiratória”. Ele ressaltou que a mpox é caracterizada pela formação de vesículas na pele, com bolhas com líquido.

O gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes encomendou de forma não oficial a produção de relatórios pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo a Folha de S.Paulo. O objetivo era embasar decisões contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos inquéritos das fake news e das milícias digitais. O jornal teve acesso a mensagens de assessores do ministro que produziam o material. Segundo Moraes, todos os procedimentos foram regulares. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, defendeu a legalidade das ações do colega. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também alegou não ter observado irregularidades na conduta do ministro. Em entrevista à Rádio Eldorado, o advogado Davi Tangerino, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), disse que há “malabarismos jurídicos” nos inquéritos que estão sob a relatoria de Alexandre de Moraes, mas ressaltou não ver brecha para nulidades processuais, pois o material coletado nessa parte da investigação se refere a informações públicas, postadas em redes sociais.

O governo de São Paulo deve homologar amanhã o resultado da licitação, vencida pela Motorola, para a compra de novas câmeras corporais para uso de policiais. A informação foi dada pelo secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, durante entrevista à Rádio Eldorado, nesta quarta-feira. Ele rebateu críticas ao novo modelo, que não será de gravações ininterruptas, como o implantado nas gestões dos governadores João Doria e Rodrigo Garcia. Segundo Derrite, estudos da Polícia Militar mostraram que 97% das gravações eram de rotina, sem interesse para possíveis investigações. Mas, ainda de acordo com o secretário, os policiais serão obrigados a gravar operações. “Não vai ligar e desligar na hora que bem entender”, afirmou. Ao ser questionado sobre a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) no apoio a candidatos nas próximas eleições, Derrite ressaltou a realização de operações policiais que estariam “asfixiando o ecossistema financeiro” da organização criminosa. Acompanhe aqui a íntegra da entrevista.

O Congresso Nacional deve concentrar as votações em períodos de três semanas em razão das campanhas para as eleições municipais, mas será impactado pelas recentes suspeitas que envolvem o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A avaliação é do cientista político Bruno Silva, diretor de projetos do Movimento Voto Consciente. Em entrevista à Rádio Eldorado, ele disse que, especialmente a Câmara, estará num “clima de acelerar artificialmente” as votações. Sobre as reações de bolsonaristas contra Moraes, afirmou que as suspeitas devem ser investigadas, mas com “cuidado para não jogar o bebê junto com a água do banho”. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o ministro teria usado de maneira não oficial dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar inquéritos das milícias digitais e das fake news que têm como alvos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes nega irregularidades e diz que tudo foi conduzido de maneira oficial.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou ontem que o conteúdo das duas caixas-pretas do avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP), na sexta-feira, foi preservado e recuperado pela perícia. As peças guardam os registros de voz e os dados do voo, que seguia de Cascavel (PR) para Guarulhos (SP), e são fundamentais para desvendar as causas da tragédia que deixou 62 mortos. A próxima fase da investigação inclui a análise dos motores da aeronave, para verificar se tinham potência no momento do acidente. Uma das hipóteses para o acidente é a formação de gelo que não teria sido evitada ou combatida pelo sistema da aeronave. Equipes da França e do Canadá, países do fabricante e de fornecedores de peças do avião, respectivamente, já estão no Brasil para atuar na investigação. A expectativa é de que, em 30 dias, seja divulgado um relatório preliminar sobre o acidente. Uma apuração da TV Globo indicou que o avião que caiu na última sexta-feira ficou em manutenção por quatro meses, entre março e julho deste ano, em razão de um dano estrutural. Em entrevista à Rádio Eldorado, o vice-presidente da Associação Brasileira de Segurança de Aviação (Abravoo), Márcio Patrício, disse que qualquer conclusão agora é prematura, mas apontou que entre os fatores a serem apurados estão o humano, o operacional e o material. Sobre o suposto dano estrutural na aeronave, o especialista afirmou que “deveriam (a empresa) ter feiro relatos de prevenção”.