Jornal Eldorado

As principais notícias do dia com Haisem Abaki e Carolina Ercolin


SEG, TER, QUA, QUI, SEX | 06:00 ÀS 09:30
Privatização da Sabesp concluída: o que acontece agora? Secretária fala em mais investimentos

O processo de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) foi concluído após o governo estadual vender 32% das ações da empresa, dos 50,3% que detinha, por R$ 14,8 bilhões. O preço das ações foi de R$ 67. Foram liquidadas as operações de compra feitas nas duas fases da desestatização. Na primeira, foram vendidas 15% das ações para o Grupo Equatorial, conforme anunciado em 28 de junho. Na segunda, iniciada na semana passada, foram vendidas 17% das ações para investidores físicos e jurídicos em bolsa. O Estado ficou com em torno de 18% das ações. Logo depois da conclusão do processo, a Sabesp anunciou uma redução em suas tarifas. Desde ontem, há uma baixa de 1% para a tarifa residencial, 10% para a tarifa social e vulnerável, e 0,5% para outras tarifas, aplicáveis somente para a primeira faixa de consumo. No entanto, críticos do modelo adotado apontam que a Equatorial, acionista de referência, não tem experiência em saneamento e sim na área de energia. Outro ponto questionado é o valor de R$ 67 por ação. O governador Tarcísio de Freitas disse que o preço pago pelos investidores ficou bem acima das cotações de quando o processo começou, há 18 meses. Em 2022, os papéis da companhia foram negociados por valores entre R$ 33 e R$ 51, mas no dia do leilão estavam em R$ 74. Em entrevista à Rádio Eldorado, a secretária estadual do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, também afirmou que o valor arrecadado “superou a expectativa”. Sobre a falta de experiência da Equatorial no setor, ela declarou que a Sabesp continua a ser a operadora e que o acionista de referência cuidará da gestão e dará “mais governança” à empresa. Segundo Natália, a chamada universalização, com o acesso de toda a população ao sistema de água e esgoto foi antecipada para 2029, com investimentos de R$ 67 bilhões.

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Rombo do governo vai R$ 28,8 bilhões. Como resolver? Ouça análise de especialista

O governo federal revisou ontem para cima a projeção de déficit para as contas públicas em 2024, mesmo após o congelamento de R$ 15 bilhões em despesas, anunciado na semana passada. Agora, a estimativa é de um rombo de R$ 28,8 bilhões. A meta perseguida pela equipe econômica é de déficit zero, com margem de tolerância de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O rombo projetado para este ano está dentro do limite. O rombo cresceu principalmente por causa dos gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que cresceram R$ 6,4 bilhões. Em seguida, vieram as despesas com a Previdência Social, com mais R$ 4,9 bilhões. Também houve aumento de R$ 1 bilhão na projeção de despesas com pessoal e encargos sociais. Na visão da equipe econômica, os gastos continuam controlados, em 19,4% do PIB - pouco acima da média de 19,2% verificada entre 2015 e 2023, excluindo o ano de 2020, que teve a eclosão da pandemia de covid-19. Em entrevista à Rádio Eldorado, o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP, disse que a melhor opção para as contas públicas seria vincular todos os gastos ao teto do arcabouço, incluindo saúde, educação e os previdenciários. Segundo ele, tal vinculação não implicaria em cortar gastos em áreas prioritárias.

23/07/2024, | 10h09
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Se Kamala for candidata, voto feminino pode decidir eleição nos EUA? Ouça análise de especialista

Após sofrer pressão de líderes democratas para que se retirasse da corrida à Casa Branca, por causa de dúvidas em relação à sua saúde e aptidão mental, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou ontem ter desistido de disputar a reeleição. Biden manifestou apoio à vice-presidente Kamala Harris para que o substitua como candidata. Com o endosso de Biden e de outras referências democratas, como o ex -presidente Bill Clinton, Kamala passou a ser a favorita para conquistar a indicação do partido, mas precisará ser ratificada por votação virtual ou convenção. A vice-presidente tem desempenho melhor que o de Biden nas pesquisas eleitorais, com média de 46% das intenções de voto, contra 44% do atual presidente. O ex-presidente Donald Trump, candidato republicano, aparece na frente de ambos, com 48%. Em entrevista à Rádio Eldorado, o professor de Relações Internacionais da ESPM Leonardo Trevisan disse que a possível entrada de Kamala Harris na disputa, além de gerar um aumento nas doações aos democratas, pode fazer o voto feminino ser decisivo para o resultado da eleição. Segundo ele, Trump já vinha adotando uma postura mais “moderada” em relação ao aborto antes mesmo da desistência de Biden.

22/07/2024, | 09h29
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Mulheres são maioria nas Câmaras em menos de 1% dos municípios brasileiros; ouça análise

Somente 45 das 5.568 cidades que realizaram eleições municipais em 2020 têm mais mulheres que homens nas Câmaras, segundo levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número representa menos de 1% dos municípios que participaram daquele pleito. Sete em cada dez cidades onde há maioria feminina no Legislativo têm população menor que 15 mil habitantes, de acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em entrevista à Rádio Eldorado, a doutora em Ciência Política pela USP Hannah Maruci, codiretora d’A Tenda das Candidatas, disse que a representatividade feminina é maior nas cidades menores porque no interior é “mais barato” fazer campanha para vencer uma eleição. Segundo ela, a desigualdade de recursos financeiros é mais significativa em municípios mais populosos.

19/07/2024, | 11h12
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Trump fala em união, mas adota tom messiânico em discurso; ouça análise de especialista

O ex-presidente Donald Trump fez uma descrição detalhada da tentativa de assassinato que sofreu no último fim de semana em seu primeiro discurso após o atentado. No encerramento da Convenção Nacional Republicana, ele pregou união e disse que a divisão na sociedade americana precisa ser curada, mas não poupou os democratas de críticas. O pronunciamento começou com um tom mais emotivo, que se dissipou ao longo do discurso, quando fez ataques ao governo de Joe Biden e adotou um tom messiânico. No conteúdo, voltou a dizer, sem evidências, que os imigrantes vêm de prisões e instituições psiquiátricas, representando um risco para o país. E prometeu parar o que chama de “invasão” e concluir o muro na fronteira com o México. Em entrevista à Rádio Eldorado, o doutor em Relações Internacionais Vladimir Feijó, professor da Faculdade Arnaldo Janssen, de Belo Horizonte, disse que Trump fez um aceno aos descontentes com Joe Biden, mas ao mesmo tempo procurou mexer com temas de interesse de sua base para garantir o comparecimento dos eleitores em novembro, já que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos. O especialista também comentou a situação de Biden, cada vez mais pressionado a desistir da reeleição. Para Feijó, o presidente americano vive “um cenário irreversível”.

19/07/2024, | 11h08
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José Aníbal confirma candidatura de Datena à Prefeitura de SP; desistência é “página virada"

O presidente do diretório municipal do PSDB em São Paulo, José AnÍbal, negou hoje a possibilidade de o apresentador José Luiz Datena desistir de concorrer a prefeito de São Paulo, como ocorreu no passado em disputas eleitorais para outros cargos. Em entrevista à Rádio Eldorado, ao ser questionado sobre o histórico de desistências de Datena, o líder tucano afirmou que o assunto é “página virada” e confirmou a candidatura. Apesar de expressar essa convicção, Aníbal não descartou um acordo com a deputada Tabata Amaral, do PSB, que esperava contar com Datena como vice em sua chapa, mas não cravou quem seria o cabeça numa eventual aliança entre os dois. “Tabata e Datena representam o centro democrático, uma alternativa à polarização”, ressaltou.

19/07/2024, | 10h31
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