As principais notícias do dia com Haisem Abaki e Carolina Ercolin
A maioria das 22 estações de monitoramento da qualidade do ar em São Paulo apresentava condição “muito ruim” ou “ruim” no início da manhã desta quarta-feira, 11. A informação foi dada pela gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Maria Lúcia Guardani, durante entrevista à Rádio Eldorado. Apesar disso, ela questionou outro monitoramento que apontou ontem, pelo segundo dia seguido, a qualidade do ar em São Paulo como a pior do mundo. Esse dado foi divulgado pela empresa suíça de tecnologia IQAir, acreditada pela Organização das Nações Unidades (ONU), que monitora as condições da poluição em grandes cidades. O ranking de 120 metrópoles publicado no site da empresa indica que ontem São Paulo voltou ao topo da lista, seguida de Kinshasa, na República Democrática do Congo, e de Jerusalém, em Israel. Na véspera, a capital paulista já havia figurado em primeiro lugar na parte da manhã. O ar deve ficar ruim até o fim de semana, segundo alerta emitido pela Defesa Civil Estadual.
A segunda gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), iniciada em 1º de janeiro, começa a discutir o Plano de Metas 2025-2028, uma obrigação prevista em lei para cada administração municipal. Em entrevista à Rádio Eldorado, o novo secretário de Planejamento, Clodoaldo Pelissioni, disse que primeiro está em andamento um balanço do Plano de Metas do mandato anterior de Nunes. A próxima fase será de conversas com todas as secretarias até o fim de março, seguida de audiências públicas a partir de abril. Segundo o secretário, entre as prioridades do programa, estarão: geração de emprego e renda, combate à vulnerabilidade social, a questão climática e o desenvolvimento urbano. Obras de mobilidade também estão previstas, mas Pelissioni disse que não poderia fazer ainda uma previsão sobre o número de quilômetros de corredores de ônibus a serem construídos. A previsão de 40 km na gestão anterior não foi cumprida, o que gerou debates e críticas durante a última campanha eleitoral.
A big tech Meta, dona das plataformas Facebook, Instagram e WhatsApp, enviou na noite de segunda-feira resposta à notificação da Advocacia-Geral da União (AGU). O órgão federal havia dado até a meia noite do dia 13 para que a empresa de Mark Zuckerberg desse explicações sobre o fim do sistema de checagem de fatos, anunciado nos Estados Unidos. A AGU também cobrou que Meta esclarecesse quais serão as medidas adotadas para combater crimes como violência de gênero, racismo e homofobia nas redes sociais no Brasil. Pouco depois da meia-noite, a assessoria da AGU informou que a resposta da Meta havia chegado e anunciou que foi convocada uma reunião técnica para analisar a manifestação nesta terça-feira. “Somente após essa análise, a AGU, em conjunto com os demais órgãos, se pronunciará sobre os próximos passos em relação ao assunto e tornará público o teor da manifestação”, informou a AGU em nota. Em entrevista a Rádio Eldorado, a advogada Patricia Peck, especialista em Direito Digital e integrante do Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber), avaliou que o governo tomou “uma atitude preventiva, querendo estreitar o caminho do diálogo”. Para ela, as novas regras deverão gerar mais ações judiciais por parte das pessoas que se sentirem prejudicadas.
O governo paulista anunciou o início do projeto executivo para a construção de uma terceira pista da Rodovia dos Imigrantes, que liga a região metropolitana de São Paulo à Baixada Santista. Ela deve ser implementada no trecho de serra sentido Cubatão, com 21,5 quilômetros de extensão e menor inclinação, permitindo o tráfego de veículos pesados. O projeto deve ser finalizado até 2026 e a previsão de entrega é em 2031. Ainda não há prazo para o começo das obras, nem orçamento previsto. De acordo com a gestão estadual, a terceira pista deve ampliar em 145% a capacidade de tráfego de caminhões e ônibus e em 25% a capacidade total do sistema Anchieta-Imigrantes, hoje sobrecarregado. Conforme o projeto inicial, a nova pista terá duas faixas de rolamento e um acostamento com possibilidade de ser revertido em faixa de tráfego. Em entrevista à Rádio Eldorado, a deputada estadual Solange Freitas (União Brasil), presidente da Frente Parlamentar de Apoio à Terceira Pista da Imigrantes, disse que a nova pista já deveria ter sido prevista em 2002, quando foi inaugurada a segunda pista da Imigrantes. “O sistema está saturado. Tem dias em que a gente não consegue sair nem chegar”, afirmou. Segundo ela, a Frente Parlamentar deve se reunir com os envolvidos no projeto “para saber se há possibilidade de uma pista maior”. A deputada ainda destacou que obras de infraestrutura devem ser realizadas antes da construção da terceira pista. Entre as necessidades, ela ressaltou a implantação de avenidas perimetrais dos dois lados do Porto de Santos (uma em Santos e outra no Guarujá), além de um segundo viaduto na Alemoa.
O produtor musical brasileiro Leo Moraes compara os dias que tem vivido em Los Angeles desde o início dos incêndios com o “clima da pandemia” de Covid-19. Moraes mora com a família em uma região cercada pelas chamas e relata, à Rádio Eldorado, o clima de tensão, a rotina com o trabalho remoto, além do sumiço de água e máscaras das prateleiras dos supermercados. Os incêndios no estado americano da Califórnia ainda estão fora de controle. Mais de 9 mil imóveis já foram destruídos e quase 200 mil pessoas tiveram que abandonar a região. Nesta sexta-feira (10) subiu para 10 o número de pessoas que morreram pelo avanço das chamas.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu uma limitação dos valores destinados às emendas parlamentares no País. Em sua avaliação, tais recursos devem ser impositivos, porém, os valores estão “muito altos”, o que pode criar uma “distorção”. “Pode ter emenda. Na maioria das democracias do mundo inteiro, os parlamentares apresentam emendas. Elas devem ser impositivas, não deve o governo dizer se aquilo atende, se aquilo não atende”, afirmou, em entrevista a Eliane Cantanhêde e Carolina Ercolin, no Jornal Eldorado.