Dormir bem garante muitos benefícios e ajuda até a diminuir a tendência de problemas de saúde, afirma Luciano Ribeiro Pinto Junior, neurologista e membro da Associação Brasileira do Sono. Em entrevista ao programa Rota Saudável, da Rádio Estadão, o especialista afirma que muitos problemas endócrinos estão ligados à falta de sono de qualidade, assim como as dificuldades cardiovasculares, a diabetes e o envelhecimento precoce.
De acordo com o neurologista, a média de sono de quem vive em São Paulo é menor do que seis horas diárias. “Não estamos dormindo nem o mínimo necessário”, afirma. A quantidade de horas que devem ser dormidas, no entanto, varia de acordo com cada pessoa. “Temos de dormir uma quantidade de horas que nos satisfaça”, diz. Uma criança ou um adolescente, porém, precisa de mais tempo de descanso, necessidade que vai diminuindo com a vida adulta.
Um equivoco em relação àhora de dormir é o de praticar atividades físicas antes de ir para a cama, porque há uma liberação de adrenalina após os exercícios, o que não implica em um bom sono. “Pode haver um retardo no início do sono. A atividade física é importante, mas jamais à noite, próximo da hora de dormir”, afirma Luciano.
O uso de aparelhos eletrônicos antes do sono também pode ser prejudicial.O barulho e a luz desses objetos podem interromper o fluxo do sono, o que diminui a sua qualidade.“É importante ter um ambiente saudável. Antigamente era só a televisão, hoje tem os celulares, uma série de coisas. Cabe a nós passarmos essas orientações”, finaliza.
Fases do sono
É a fase do adormecimento - que pode durar até quinze minutos. É como uma espécie de zona intermediária entre estar acordado e dormindo. O cérebro produz ondas irregulares e rápidas, a tensão muscular diminui e a respiração se torna mais leve
A segunda fase é a de um sono mais leve. A temperatura e os ritmos cardíaco e respiratório diminuem e a pessoa é definitivamente conduzida ao limite entre estar acordada e dormindo
Na terceira fase o corpo já começa a entrar em um sono profundo, onde as ondas cerebrais diminuem o ritmo
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