Aliado no combate ao colesterol, óleo vegetal pode trazer prejuízos à saúde

O componente alimentar está relacionado ao aumento de inflamações no corpo e da mortalidade

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O óleo vegetal é um componente alimentar sem colesterol, mas que não nos isenta de doenças cardiovasculas causadas, sobetudo, por inflamações Foto: Daniel Teixeira/AE

Óleos vegetais como canola, milho, soja e semente de girassol são uma alternativa industrial às gorduras naturais, como manteiga e banha de porco, associadas ao aumento de colesterol no corpo. Na fórmula do componente não há colesterol, mas estudos apontam que o maior consumo do óleo aumentou a incidência de Ômega 6 no corpo, o que é associado a inflamações, a maior causa de doenças crônicas e causadoras de morte. 

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O fato de o óleo vegetal não ter colesterol ajuda na redução desse componente no corpo. Mas, por outro lado, o óleo aumenta a mortalidade na medida em que é rico não só em Ômega 6, como também em gordura trans (gordura hidrogenada). Esse tipo de gordura aumenta a presença de radicais livres no sangue, o que promove câncer e doenças cardíacas, como afirma o especialista em nutrição clínica, Josh Gitalis. 

Rodrigo Polesso, especialista em nutrição otimizada, relativiza o risco da gordura saturada e os riscos do óleo vegetal. Ele lembra que o Ômega 6 é um nutriente natural do corpo, mas que se ingerido na quantidade que tem sido após a popularização do óleo vegetal, passa a ser um problema devido a seu teor inflamatório. "Há um balanço natural entre Ômega 6 e Ômega 3, mas quanto maior o consumo de óleo vegetal - e a população ainda abusa do óleo em todas as refeições -, menos balanceada fica a relação entre Ômega 6 e Ômega 3, sendo este um fato anti-inflamatório". Hoje há uma relação de 20 Ômega 6 para 1 Ômega 3. A relação ideal varia de 2:1 a 4:1.

Para Polesso, o óleo vegetal ainda é consumido porque a população segue com medo da gordura. "As pessoas ainda acreditam que a margarina é mais saudável que manteiga porque não tem gordura saturada e não aumenta o colesterol", avalia Polesso. 

Uma alternativa ao óleo vegetal é o azeite, a manteiga e a ghee, um tipo de manteiga clarificada Foto: Pixabay

"O óleo vegetal não é natural. É um processo industrial para tirar óleo de algo que não tem óleo", afirma Polesso. "A indústria coloca a semente/grão sob um longo processo, transformando-o em algo que nada tem a ver com o alimento original". O especialista lembra que se um milho for comprimido não sairá óleo dele. "Se quiser usar óleo vegetal, melhor linhaça, mas não é comum". 

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Solução. Polesso recomenda que se substitua os óleos de canola, milho, soja, semente de girassol e margarina por banha de porco, óleo de coco, ghee (manteiga clarificada) e óleo de linhaça, quando for possível. Por serem mais naturais, esses alimentos têm menos conservantes e são mais bem aceitos pelo corpo. 

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