As articulações são partes do nosso corpo que merecem especial atenção. Elas são fundamentais para que possamos realizar bem os movimentos. "Para prevenir lesões ou danos nas articulações, o recomendado é o exercício físico", explica o personal trainer, Aulus Selmer.
Mas, os exercícios quando executados de forma inadequada ou muito intensa pode exercer o papel oposto e, ao invés de prevenir, pode danificar. Daí a importância de entender o que são as articulações e como elas funcionam.
Em entrevista ao programa Rota Saudável, da Rádio Eldorado, Aulus Selmer explica que as articulações são formadas por três componentes: cartilagem, ligamentos e tendões.
"A cartilagem é uma superfície lisa que envolve toda a articulação. Ela protege o líquido sinovial, ajuda a lubrificar e a dar mobilidade. É como o óleo no motor de um carro", compara o personal trainer. "Quando ficamos mais velhos, se não praticamos exercícios físicos, vamos perdendo essa lubrificação natural, aí qualquer pressão anormal na cartilagem pode virar uma lesão", alerta.
É exatamente aí que mora o perigo. De acordo com o especialista, quanto mais velhos ficamos, mais essa cartilagem diminui e, com o tempo ocorre o contato do osso com outro osso, o que acaba levando à ocorrência de artrite.
Depois da cartilagem, temos os ligamentos, que são formados por tecidos e são responsáveis por dar estabilidade aos nossos movimentos. A função dos ligamentos é limitar o movimento e proteger as estruturas articulares.
Já os tendões estabelecem a ligação entre músculos e ossos e transferem a força para o esqueleto. Eles podem romper total ou parcialmente quando fazemos movimentos muito bruscos. Para mantê-los fora de perigo, ensina o personal, o ideal é conquistar uma musculatura forte ao redor das articulações, sobretudo quanto mais a idade avança. "Quanto mais velho a gente fica, mais atenção temos de ter com os exercícios de fortalecimento muscular ao redor dessas articulações, que podem ser joelhos, ombros, tornozelos. Assim, a distribuição dos esforços realizados se dá de forma mais homogênea", conclui.
Ouça a entrevista completa.
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