Crise hídrica: como buscar fontes alternativas de água e ficar longe de doenças?

Recomendação é que a água captada da chuva seja utilizada apenas para limpeza de ambientes e que cisternas e caixas d’águas sejam limpas com maior periodicidade

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Por Redação
Atualização:
As cisternas devem serlimpas com maior periodicidadeemantidas hermeticamente fechadas Foto: Gabriela Bilo/Estadão

Temos ouvido por aí que São Pedro está ajudando. Apenas em São Paulo, já superamos a média histórica de chuvas em fevereiro, mas a realidade é que estamos longe dos tempos em que água era um bem abundante. Por isso, de agora em diante, precisamos adotar uma postura de consumo muito mais consciente e cuidadosa.

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Como não dá para contar apenas com a chuva, reunimos algumas sugestões para minimizar o incômodo de um período com torneiras secas:

Comprar uma caixa d’água nova: quem mora em casa, tem a opção de aumentar a capacidade de armazenamento de água. Os preços desse item têm aumentando e a procura pode crescer ainda mais se o governo optar pelo racionamento, a partir de abril;

Cisterna: nem sempre é possível trocar a caixa d'água. Nesses casos, a construção de uma cisterna pode ajudar na captação de água da chuva. Há diversos vídeos na internet que ensinam como fazer sem precisar gastar com mão de obra;

Caminhão pipa: quem mora em apartamento tem apelado para o aluguel de caminhões pipa. Como a procura aumentou muito, assim como o preço, é importante avaliar junto ao condomínio a possibilidade de se firmar um contrato com um fornecedor de confiança e que comprove a captação da água de fontes oficiais.

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Marta Deguti, hepatologista do Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho, lembra que devemos ter todo o cuidado com fontes alternativas de água, como os caminhões pipa ou aquela que é captada da chuva. Água potável é a que pode ser consumida sem riscos de adquirir doenças por contaminação nem por substâncias tóxicas. A água potável pode ser obtida direto de mananciais ou após tratamento para eliminação dos agentes nocivos à saúde.

“O consumo de água não potável leva ao risco de intoxicação por metais pesados. Mas o problema mais comum é a contaminação por micro-organismos oriundos do esgoto, que provocam sintomas como náuseas, vômitos e diarreia”, alerta.

Outro ponto importante é a prevenção de doenças como a dengue, cujos casos aumentaram 57,2% em janeiro em relação ao ano anterior, e a febre chicungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que utiliza água limpa para se reproduzir.

Para evitar doenças, a especialista recomenda que a água captada da chuva seja utilizada apenas para limpeza de ambientes e que cisternas e caixas d’águas sejam limpas com maior periodicidade, além de serem mantidas hermeticamente fechadas. “Com estas medidas e com o cuidado na escolha do fornecedor de água, evitamos doenças que podem ser graves em pessoas com menos reservas imunológicas para combatê-las, como crianças e idosos”, observa.

Consultoria Hospital 9 de Julho

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