Perder as gordurinhas a mais nem sempre é tarefa fácil por uma série de fatores: falta de tempo para se exercitar, alimentação desregrada e falta de acompanhamento profissional (médico, nutricionista e/ou educador físico).
Aliás, em alguns casos, a pessoa acaba entrando em um ciclo vicioso: está acima do peso, mas, por não conseguir emagrecer, não busca uma dieta e hábitos saudáveis.
Segundo o Dr. Guilherme Andrade, gastroenterologista do Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho, isso pode desencadear a Síndrome Metabólica, que se associa a doenças como o diabetes e o excesso de colesterol e/ou triglicerídeos no corpo que, por sua vez, levam ao acúmulo de gordura no fígado. “Isso acontece porque o organismo passa a ter mais dificuldade de processar a gordura ingerida, acumulando-a no órgão."
A má metabolização da gordura pode ser uma das causas da dificuldade de emagrecimento e, se não tratada, pode se tornar grave e evoluir para hepatite gordurosa ou cirrose. Para evitar chegar a esse ponto, é preciso uma série de ações.
Dieta: quem tem propensão a desenvolver gordura no fígado (casos na família, excesso de peso ou mesmo quem já possui doenças crônicas como o diabetes) precisa adotar uma dieta específica. Trocar a gordura trans e a saturada por aquela proveniente, por exemplo, de azeite de oliva, castanhas, abacate, óleo de peixe; acrescentar carboidratos complexos (como fibras e grãos integrais), além de frutas, vegetais e carnes magras.
Visitas ao médico: como a gordura no fígado é silenciosa e pode se desenvolver por anos, é importante manter acompanhamento médico periódico.
Mexa-se: exercícios físicos são uma boa pedida para quem quer evitar a gordura no fígado e, de quebra, emagrecer. Mas não esqueça de fazer uma avaliação para identificar qual a atividade que melhor se encaixa ao seu biótipo e condição de saúde.
Como podemos ver, emagrecer nem sempre é tarefa fácil, mas, quem começa a se cuidar logo, pode evitar doenças graves e ainda ficar mais saudável.
Consultoria: Hospital 9 de Julho