Melanoma: saiba mais sobre doença que agravou estado de saúde de Roberto Leal

Quadro evoluiu e tumor atingiu o fígado, causando a morte do cantor português; conheça sintomas, formas de prevenção e tratamentos do melanoma

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Foto do author André Carlos Zorzi
Roberto Leal em foto de maio de 2008. Foto: José Luís da Conceição / Estadão

Roberto Leal morreu no último domingo, 15, em decorrência de um melanoma maligno que evoluiu, atingindo seu fígado e causando síndrome de insuficiência hepato-renal. O cantor português vinha realizando tratamento contra um câncer de pele, descoberto há cerca de dois anos.

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O E+ entrou em contato com o oncologista clínico do hospital A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Rafael Schmerling, integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer e presidente do Grupo Brasileiro de Melanoma.

O médico esclareceu dúvidas sobre os principais sintomas do melanoma, forma de prevenção e os avanços no tratamento da doença. Confira abaixo.

Quais são os principais sintomas do melanoma?

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Segundo o médico, o melanoma normalmente surge como uma pinta na pele: "São pintas maiores, irregulares, de múltiplas cores e, o mais importante, elas mudam de aspecto ou crescem. Isso deve chamar a atenção para um possível diagnóstico de melanoma".

"Precisamos esclarecer que melanoma é, de fato, um tipo de câncer, um tipo de tumor de pele. Ele nasce a partir das células que dão cor à pele. Esta doença está relacionada à exposição ao sol, em especial na infância e na adolescência. Aquelas queimaduras solares que deixam a pele bem vermelha são o principal fator de risco para o melanoma na vida adulta", completa Schmerling.

Como se prevenir de um melanoma?

"A melhor forma de prevenção é evitar as queimaduras, com protetor solar, com o controle à exposição solar, uso de roupas protetoras e chapéu", explica o médico. Ele ainda ressalta que é importante "evitar por completo as câmaras de bronzeamento artificial".

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Quais são os avanços no tratamento do melanoma?

Rafael explica que os principais avanços estão relacionados ao tratamento da doença mais avançada: "Temos duas famílias de remédio, utilizadas atualmente no tratamento de ponta." Uma delas é a imunoterapia, "remédios que ativam os sistemas de defesa, fazendo que o sistema imune do paciente ataque o tumor".  O outro é a terapia-alvo, "drogas que vão interferir em moléculas muito específicas do tumor, que funcionam como 'engrenagens'. Na hora que estas 'engrenagens' são bloqueadas, o tumor morre". "Mais recentemente, essas drogas vêm sendo utilizadas não só para as doenças com metástases, mas também em casos específicos de pacientes que operaram e têm um risco considerável para recaídas", complementa o médico.

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