Quais são os perigos do fumo passivo para o seu pet?

Veterinária destaca medidas que fumantes podem adotar para proteger os animais

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Dados da OMS revelam que, dentre as 7 milhões de mortes causadas por tabaco, 890 mil são de fumantes passivos. Foto: Unsplash / @ayahya09

Um estudo realizado com o apoio do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelou que 428 pessoas morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo. Aproximadamente 90% dos casos são decorrentes do câncer de pulmão, que tornou-se o tumor maligno mais comum entre a população.

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Aos longo dos anos, fumar deixou de ser algo glamouroso e passou a ser considerado um problema de saúde pública, que demanda campanhas contra o tabaco e leis rígidas sobre os locais de consumo. No entanto, esse hábito traz graves consequências não somente aos fumantes, mas também a quem convive ao redor. O chamado tabagismo passivo consiste na inalação da fumaça por não fumantes, que passam a apresentar problemas de saúde ao inalar as substâncias cancerígenas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dentre as 7 milhões de pessoas mortas pelo tabaco por ano, 890 mil são fumantes passivos.

Dentre os prejudicados por tal hábito, estão os pets: os animais de estimação têm mais chances de desenvolver problemas cardiovasculares e pulmonares. Um estudo da Universidade de Glasgow, na Escócia, acompanhou a saúde de gatos e cachorros que foram expostos aos efeitos do fumo. "Nossos resultados mostram que a exposição ao fumo na residência tem um impacto direto nos animais. Ele corre o risco de desenvolver danos celulares, aumentar o ganho de peso após a castração e já foi previamente revelado que aumenta o risco de certos tipos de câncer", explicou a professora Clare Knottenbelt, especialista em medicina e oncologia animal.

Guiado pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, o E+ esclareceu as principais questões acerca da saúde de animais que convivem com donos fumantes.

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Animais podem ser mais prejudicados do que humanos por fumo passivo. Foto: Unsplash / @@sarandywestfall_photo

De acordo com a médica-veterinária Tatiana Braganholo, o animal pode apresentar desde sintomas mais leves, como uma alergia, até problemas graves de intoxicação. A situação piora ainda mais quando os cães, principalmente, ingerem a bituca ou as cinzas do cigarro. Por isso, a profissional indica muito cuidado no descarte. A atenção também deve ser total durante passeios pela rua: um simples minuto de distração do dono pode deixar a ingestão de resíduos passar completamente despercebida.

"O risco pra saúde deles é até maior do que os riscos que os seres humanos sofrem", esclarece Tatiana sobre as consequências do fumo passivo, principalmente câncer de pulmão. Ela acredita que as campanhas contra o tabagismo feitas para humanos deveriam ser direcionadas também aos animais, de forma que os donos pudessem ficar cientes dos graves problemas respiratórios decorrentes.

Como forma de prevenção, ela destaca: "A primeira coisa e a mais importante é obviamente parar de fumar. Se não conseguir de jeito nenhum, o ideal é diminuir o consumo e evitar fumar próximo ao animal". Lavar as mãos após fumar e balançar as roupas antes de entrar em casa também são medidas significativas para evitar o contato entre as cinzas e o seu pet.

* Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

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