Três curiosidades sobre a saúde dos animais que todo tutor precisa saber

Se atentar aos cuidados preventivos pode melhorar a qualidade de vida e longevidade dos pets

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Foto do author Ingrid Rodrigues
Atualização:

Os animais firmaram seus lugares como membros de muitas de famílias e já somam mais 139 milhões domesticados no Brasil, conforme dados de 2018, divulgados pelo Instituto Pet Brasil, baseado em um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número expressivo reforça a importância, especialmente para os tutores, de compreender o “mundo animal”.

Assim como os seres humanos, os pets precisam de cuidados especiais. No entanto, no quesito saúde, um dos principais, ainda há muita desinformação, o que pode refletir diretamente no bem-estar, qualidade de vida e longevidade dos animais. Por isso, o Estadão lista a seguir três curiosidades que todo tutor precisa saber sobre o assunto; veja:

Vacina para peixes

Vacina para peixes é uma realidade Foto: Pexels/Khoa Võ

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André Blanch, engenheiro-agrônomo e coordenador de território de Aquicultura da MSD Saúde Animal, destaca a importância da vacinação em peixes. A prática é imprescindível para criadouros, no entanto, vale a todos o conhecimento sobre esse cuidado para a saúde da espécie.

O processo de vacinação desse animal começa com a anestesia, a partir de uma solução natural que contêm água e óleo de cravo, a fim de diminuir o metabolismo, como a respiração e os movimentos, proporcionando menor estresse e maior facilidade para administração. Logo após, a vacina é injetada na cavidade abdominal do peixe, sem nenhum efeito colateral.

O profissional explica que os imunizantes previnem enfermidades virais e bacterianas, como a estreptococose, uma condição causada por bactérias do gênero Streptococus, que tem como sintomas: olhos saltados, natação errática e ascite. “É uma enfermidade que tem sua predominância em altas temperaturas das águas de cultivo, principalmente no verão”, observa.

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A condição é bastante comum entre as tilápias. Contudo, André informa que “todo e qualquer animal depois de vacinado corre o risco de se contaminar com a doença presente na vacina, porém os efeitos são muito mais brandos e há uma diminuição muito significativa na mortalidade em lotes vacinados”.

Inteligência de dados

Inteligência de dados ajuda tutor monitorar a saúde do animal Foto: Pexels/Samson Katt

A inteligência de dados também é uma boa ferramenta disponível para colaborar com a prevenção de doenças. O Brasil recebeu no final do ano passado uma linha de tecnologia exclusiva, entre eles, um produto que registra as atividades dos cães 24 horas, podendo ser monitorado pelo celular do tutor.

Andressa Reis, gerente de soluções estratégicas e serviços pet parents da MSD Saúde Animal, explica sobre o Animo, um monitor de comportamento e rastreador de atividades, que considera indispensável para os cachorros. “O produto é um dispositivo que deve ser aplicado na coleira do animal. Ele analisa os dados de movimento do cão 24 horas, com o intuito de fornecer informações personalizadas, como níveis de atividades como queima calórica, qualidade do sono, aumento de latidos, coceiras ou chacoalhamento. Além disso, o tutor pode estabelecer metas diárias e receber notificações das alterações”, descreve.

Segundo ela, todas as informações concedidas pelo aparelho são importantes, pois além de prevenir condições adversas de saúde ou colaborar no diagnóstico, ajuda a identificar anormalidades de comportamento, como dificuldade para dormir, por exemplo.

O produto e demais linhas da marca, como comedouro inteligente, porta automática, entre outros, estão disponível para venda a partir de R$ 649, exclusivos no site da PetLove.

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Diabetes animal

Animais também podem ter diabetes Foto: Pexels/Nataliya Vaitkevich

Animais podem ter condições de saúde semelhantes as dos seres humanos, como o diabetes, por exemplo. “Assim como nós, o organismo para de produzir ou produz insulina em pouca quantidade para as necessidades do pet. Sem o hormônio, a glicose não entra nas células e se acumula no sangue”, explica Marcio Barboza, médico veterinário e gerente de técnico pet da MSD Saúde Animal.

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Fatores como obesidade animal, uso excessivo de medicamentos que inibem a ação da insulina, como corticosteroides, doenças hormonais, como hipertireoidismo e hipotireoidismo, e o excesso de gordura no sangue (hiperlipidemia) propiciam a doença. A condição costuma ser mais comum em animais sedentários, cães de meia-idade, idosos e fêmeas, e gatos machos castrados.

A doença pode trazer consequências a curto e longo prazo, reduzindo, inclusive, a expectativa de vida do animal. Portanto, se atentar aos sintomas é imprescindível. Entre eles, Marcio destaca excesso de sede e urina, aumento de apetite e perda de peso. “Por isso é importante que, a qualquer sinal de alteração no comportamento do pet, o tutor procure um profissional para avaliação e conclusão completa”, orienta.

Não há cura para o diabetes, mas o tratamento adequado pode melhorar a saúde e qualidade de vida do animal. Para isso, a indicação costuma ser a insulinoterapia, aplicação de insulina, com o manejo adequado. O veterinário esclarece: “existe no mercado insulina veterinária com a mesma estrutura química do produto do cão. Isso quer dizer que o remédio promove um pico de insulina mais rápido e mais duradouro, menor chance de crises de hipoglicemia e resistência à medicação.”

Para prevenção, é recomendado manter a alimentação balanceada e praticar atividades físicas com o pet, bem como manter em dias as consultas de rotina e realização de vacinação, vermifugação, prevenção contra pulgas, carrapatos e insetos, além de não administrar medicamentos sem prescrição veterinária.

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