De 2024 a 2027, o projeto Duafe - Gênero e Raça para uma Educação Emancipatória impactará meninas e mulheres negras, além de toda a sociedade, por meio da educação. Recém-lançada pela organização da sociedade civil CEERT, com apoio do Fundo Malala, a iniciativa visa formar profissionais de educação (gestoras/es e professoras/es), com olhar qualificado sobre questões de gênero, raça e interseccionalidade no ambiente escolar.
A ideia é promover o entendimento de que a educação antirracista favorece a construção de uma educação emancipatória para todos os estudantes, qualificando e contribuindo para a dinâmica de mudanças nesse espaço e também fora da escola.
De acordo com informações divulgadas pelo CEERT, o símbolo Adinkra Duafe representa um pente de madeira que traz o significado da beleza e também de características associadas ao feminino, como amor e cuidado. Trata-se de uma representação da centralidade do poder criativo feminino a partir de uma cosmopercepção que vem da África e é replicada e reproduzida na Amefricanidade.
Segundo Giselle dos Anjos, doutora em História, especialista em interseccionalidades, coordenadora do Projeto Duafe e integrante da Rede de Ativistas pela Educação do Fundo Malala, é fundamental que as/os profissionais da educação sejam agentes multiplicadores de uma perspectiva mais aprofundada da interseccionalidade, e consequentemente, da equidade de gênero e raça nas escolas.
Como parte das atividades, serão realizadas ações como cursos, formações, campanhas de comunicação e produção de conhecimento. "O grande intuito é chegar nas diferentes regiões e nos rincões do país, trazendo o olhar da interseccionalidade para profissionais da educação desenvolverem práticas mais alinhadas com a perspectiva da educação emancipatória", disse Giselle.
