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O racismo ambiental é um conceito que aponta para o maior impacto da degradação ambiental na vida das populações negras, quilombolas, indígenas e periféricas. De acordo com o movimento Adaptação Antirracista, uma iniciativa de mais de 140 organizações da sociedade civil, estamos vivendo no Brasil desigualdades sociais e territoriais decorrentes dos impactos e efeitos do aquecimento do planeta em 1,1 ºC.
"Precisamos urgentemente, portanto, de políticas públicas que contenham medidas efetivas de adaptação para responder aos efeitos dos eventos climáticos extremos sobre a vida das populações das cidades, da floresta e do campo. Os desastres ocorridos nos últimos três anos, com enchentes e deslizamentos, contudo, revelam que nem o poder público, nem as instituições privadas estão atuando na gestão das mudanças climáticas", diz uma carta publicada pelo movimento.
Segundo a iniciativa, a crise climática é também humanitária e, apesar da emergência climática ser global, os impactos são mais sentidos em determinados territórios e localidades, dentro de estruturas desiguais raciais, de gênero, geracionais e sociais. "Populações negras que vivem nas áreas periféricas, suburbanas, territórios tradicionais, baixadas, ressacas e favelas do país estão vivendo tragédias preveníveis e evitáveis por conta dos impactos dos grandes volumes de chuvas em pouco espaço e tempo em todas as regiões do país", afirma a carta.