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Direitos da criança e do adolescente

Quase metade dos brasileiros consideram que a importância da educação diminuiu durante a pandemia, diz pesquisa

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EMEF Campos Salles: exemplo de educação democrática ( Foto: Bruna Ribeiro)

A pesquisa "Jovem de Futuro", realizada pelo Instituto Unibanco, em parceria com a DataFolha, apontou que cerca de metade (47%) dos brasileiros com 16 anos ou mais consideram que a importância da educação diminuiu durante a pandemia. Já outros 28% acreditam que a importância aumentou e 24% acreditam que a importância permaneceu igual.

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O levantamento mediu a percepção da população brasileira sobre a educação. Ouviu 2.070 pessoas com 16 anos ou mais, de todas as classes econômicas, e cobriu 129 municípios de todo o Brasil. O documento ainda aponta que "ter conhecimento" e "conseguir um emprego" são os principais papéis da educação para a população brasileira, segundo a pesquisa. Também foram destacados papéis como "respeitar direitos e deveres", "reduzir a desigualdade" e "reduzir a violência".

Para conferir a pesquisa completa, clique neste link.

Dados

Divulgado em abril de 2021 pelo UNICEF em parceria com o Cenpec Educação, o estudo Cenário da Exclusão Escolar no Brasil - um alerta sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na Educação mostra que mais de 5 milhões de brasileiros de 6 a 17 anos não tinham acesso à educação no Brasil em novembro de 2020, número semelhante ao que o país apresentava no início dos anos 2000. Em 2019, havia quase 1,1 milhão de crianças e adolescentes em idade escolar obrigatória fora da escola no Brasil. O aumento da exclusão escolar foi bastante relevante. Ainda segundo o documento, a exclusão escolar afetava principalmente quem já vivia em situação mais vulnerável. A maioria fora da escola era composta por pessoas pretas, pardas e indígenas, somando mais de 70% do total.

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O acesso à educação também está relacionado à garantia de outros direitos. Segundo dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), mais da metade da população (55,2%) estava em situação de insegurança alimentar no final de 2020. Ou seja, não tinha certeza se haveria comida suficiente em casa no dia seguinte.

A sondagem mostrou que 116,8 milhões de brasileiros conviveram com algum grau de insegurança alimentar, sendo que 9% do total vivenciaram insegurança alimentar grave; ou seja, passaram fome. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média de desemprego no Brasil era de 14,3% no trimestre encerrado em janeiro de 2021, a mais alta desde 2012, quando começou a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

 

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