Quando vemos casas e apartamentos cheios de plantas, a pergunta que vem à cabeça é: por onde começar? A verdade é que ser “pai de planta” não é difícil, e se atentar nas escolhas ideais da vegetação para o seu local de plantio e para a sua disponibilidade de rega dispensam as dores de cabeça com as plantinhas.
A paisagista e jardineira Gabrielly Gomes dos Santos, conhecida como Gaby Garden, dá dicas do que você precisa saber para não cometer mais erros na hora de cuidar e de escolher as plantas ideais para o seu lar.
1. Iluminação
Um local com boa iluminação é essencial: tente conhecer bem em quais áreas bate sol na sua casa ou apartamento para que você possa escolher as plantas mais adequadas para aquela quantidade de sol, variando entre as plantas de sombra e de sol pleno.
- Plantas de sombra: precisam de 1 a 2h de sol direto por dia;
- Plantas de meia-sombra: o ideal é dar às plantas de meia sombra cerca de 4h de sol direto por dia;
- Plantas de sol pleno: precisam de 6 a 8h de sol direto diariamente.
Confira aqui algumas opções fáceis de plantas de sombra e meia-sombra para você ter na sua casa ou apartamento.
2. Adubação
Menos é mais: para quem está começando, utilizar um tipo de adubo só é essencial. “É mais adequado e seguro usar um tipo só, bem completo, do que variar e correr o risco de fazer mal para as plantas”, recomenda Gaby. A paisagista também explica qual é a diferença entre os tipos de adubo, que podem ser encontrados em pó, farelo, granulado ou líquido:
- Químico ou mineral: são adubos retirados de minerais extraídos, como fosfatos, carbonatos e cloretos. Sua principal vantagem é a rápida absorção, já que o adubo mineral melhora a fertilidade do solo da sua planta;
- Organomineral: é o melhor dos dois mundos; composto por um misto de minerais e de material orgânico, eles podem oferecer um efeito tanto em curto quanto em longo prazo;
- Orgânico: o adubo orgânico é produzido através do aproveitamento de restos de alimentos, com a compostagem, que forma o húmus de minhoca, o esterco animal ou o bokashi, que é produzido por meio da fermentação. Suas vantagens consistem em fornecer mais variedade de nutrientes para o solo, mas sua absorção é mais lenta.
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3. Água
A variação do tempo de rega também varia de acordo com a espécie, explica Gaby. Se você é daqueles que esquece de molhar suas plantas, o ideal é investir em cactos e suculentas, que devem ser regados somente quando o solo apresentar secura. Mas atenção: a família dos cactos é de sol pleno, e necessita de muito sol diário. Já plantas como samambaias e avencas precisam de água com mais frequência. “Não tem uma receita genérica, varia de planta para planta”, comenta a paisagista.
Também é possível investir em vasos autoirrigáveis ou nos bulbos de vidro de autoirrigação, que devem ser repostos em períodos maiores de tempo, e oferecem umidade ao solo conforme o necessário.
4. Cuidados extras
É importante lembrar também sobre os cuidados com os famosos pratinhos de água parada, que oferecem risco de foco de dengue. Segundo Gaby, o ideal é sempre investir em modelos com tecnologia antidengue ou que não acompanhem os pratinhos.
Outra opção para evitar a proliferação do mosquito é o cultivo de plantas repelentes, como a citronela, o manjericão, a lavanda e o alecrim.
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