Foto do(a) blog

Arquitetura, decoração e design

Na praia, ao redor da lareira

PUBLICIDADE

Atualização:

Os dois níveis da área de estar, com hall de entada no pavimento superior Foto: Zeca Wittner

PUBLICIDADE

Marcelo Lima - O Estado de S. Paulo

?Usamos a casa o ano inteiro, mas o inverno, para nós, tem um gostinho especial. De algo fora do esperado, de transgredir?, diz a designer de interiores Suzana Schermann, que, com o marido, o aviador aposentado Cesar Gyuru, não abre mão de longas temporadas à beira mar na confortável casa em Ilhabela, litoral norte de São Paulo. Ainda que o inverno bata à porta. O tempo feche. Ou justamente por isso. ?Adoramos acender a lareira. Os ventos aqui são mesmo frios, mas não abrimos mão de estar na varanda, de frente para o mar?, conta a decoradora, que, para tais ocasiões, dispõe de um arsenal especial. ?Tenho almofadas e mantas que vario de acordo com o momento. Para o inverno, prefiro tons mais quentes, mas sempre misturados. Cansei de casas escuras, rústicas. Estamos à beira-mar. O branco faz parte sempre?, argumenta. ?Minha casa de praia é arejada, clara. Todas as janelas e portas de pinho se abrem, porque o nosso maior cenário está fora: é o mar e, de qualquer lugar e em qualquer estação, ele está sempre presente?, pontua a decoradora. Os ambientes têm sofás com largura de camas, recheados de mantas e almofadas ? seja na varanda ou dentro de casa. ?Ao contrário de um apartamento urbano, mais funcional, aqui, para nós, o que conta, acima de tudo, é o conforto, o bem estar.? E isso se percebe, também, na iluminação, sempre indireta e pensada para valorizar o teto e suas belas tesouras de sustentação. Perto dos sofás e poltronas, porém, a luz é direcionada, realçando quadros e pontos de interesse. Ora focos fechados, ora luz de velas, em calculada cenografia. ?Nossa casa não tem um estilo reconhecível. Tem, eu diria, o nosso estilo: recheado de historias e memórias, lembranças de viagens, peças de que gostamos, sem a mínima preocupação se elas combinam ou não?, ressalta Suzana, que, após uma reforma de quase um ano, concluiu a decoração da casa tal qual ela se apresenta hoje. ?Nesse tempo fomos adaptando o que tínhamos, comprando o que faltava. Quando a reforma foi concluída, foi só montar a decoração?, diz. Aqui, mais uma vez, o conforto ditou a regra. ?Sofás confortáveis, capazes de deixar as pessoas à vontade, e tecidos sobre os quais podemos nos sentar ? ainda que molhados ? são itens indispensáveis a qualquer casa de praia?, afirma. ?As peças e objetos que dispomos hoje foram garimpados durante muitos e muitos anos. Existe um certo acúmulo, reconheço, mas ainda sonho em ser minimalista?, brinca a decoradora, citando seu móvel favorito. ?É uma cadeirinha de ratam, francesinha, que adquiri em um antiquário de peso. Por isso, a posicionei ao lado da lareira, para ter mais destaque?, assume. Nada, porém, se compara ao fascínio do casal de se sentir tão próximo do mar. ?Quando queremos ficar ainda mais perto dele, vamos até o deck, pegamos nossos edredons e contamos com um tacho, que provisoriamente usamos como lareira e nos oferece o conforto necessário para desfrutar da magnífica paisagem à nossa frente. Isso é um privilégio?, conclui.

Veja também:

De cara nova para o friozinho

Publicidade

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.