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Dicas e curiosidades sobre animais

Primeiros socorros para cães e gatos: saiba o que fazer

Cuidados simples podem contribuir para amenizar a dor e manter segurança no intervalo entre o acidente e o atendimento especializado.

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Por Luiza Cervenka

Dar remédio caseiro não é prestar socorro. Twinkle Enyong/Creative commons Foto: Estadão

Se tem uma coisa que angustia qualquer mãe e pai de pet é quando eles ficam doentes. Pensar naquela bolinha de pelos com dor, pesa no coração. Pior ainda se você não souber como reagir perante um acidente.

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Pet travesso tem em toda parte, inclusive na minha casa! Mas mesmo aqueles mais calminhos, que não costumam exagerar nas corridas entre os cômodos, subidas desautorizadas em móveis e esbarrões em vasos ou mesas, vez ou outra acabam dando algum susto nos tutores.

Da mesma forma que para os humanos, os primeiros socorros dos pets podem evitar o agravamento dos casos e até mesmo salvar vidas. "A recomendação mais importante é que em caso de acidente o animal receba atendimento veterinário imediato. Por isso, os tutores devem ter sempre à mão o telefone e endereço de um hospital que funciona 24 horas, e o contato do veterinário de confiança. Dessa forma, ele saberá para onde ir caso o pet precise de cuidados de emergência. Isso tornará a prestação do socorro mais ágil e ajudará o tutor a manter a calma", explica o médico-veterinário Claudio Rossi, Gerente Técnico da Unidade Pet da Ceva.

Existem vários mitos e superstições de como reagir. Mas a maioria não ajuda, somente piora o estado de saúde do pet. Nada de leite, quiabo, água oxigenada, querosene, etc.  Para auxiliar os tutores a saberem como agir em casos de emergência, aqui vão algumas dicas de caso seu pet se envolva em um acidente doméstico:

Como agir se o pet apresentar irritação cutânea?

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Os animais apresentam, comumente, alergias e dermatite de contato. Ambas são problemas causados pela reação alérgica do pet ao contato com alguma substância irritante (alérgena). Os pets afetados costumam apresentar coceiras, vermelhidão, bolhas vermelhas e falhas no pelo. Nesse caso, o ideal é que o tutor identifique a substância que causou a reação cutânea no animal. Normalmente é um produto de limpeza usado no piso ou até mesmo o sabão usado para lavar caminha e cobertores. Não tente utilizar nenhum produto caseiro para resolver a situação. O tratamento deverá ser indicado pelo médico-veterinário que poderá receitar medicamentos orais e pomadas ou outros tratamentos tópicos para auxiliar no desconforto do pet.

Cada acidente deve ser avaliado pelo médico-veterinário. MINInurse/Creative Commons Foto: Estadão

Como agir caso o pet sofra uma escoriação?

As escoriações, que são os famosos "ralados". Estes costumam ser lesões de pele simples. Caso o animal sofra um pequeno arranhão, brincando na grama, por exemplo, é indicado higienizar a área lavando-a com água e um pouco de shampoo neutro, próprio para pets. Se a lesão for maior, ou o pet apresentar dor na região, poderá ser necessária a utilização de pomada antisséptica veterinária, que deverá ser indicada por um profissional. Em ambos os casos é importante manter a área limpa e coberta, para que o pet não consiga lamber a ferida e para que ela possa cicatrizar. Saliva de cachorro não é cicatrizante, viu?!

Como agir em caso de queimaduras?

Em casos de queimaduras, é indicado lavar a área afetada com água fria corrente por alguns minutos para resfriar e aliviar a dor. Não se deve utilizar pomadas ou receitas caseiras, apenas é preciso cobrir a região com uma atadura ou pano limpo molhado e levar o animal para avaliação profissional.

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Como agir em caso de choque elétrico?

Caso o pet sofra um choque elétrico, a primeira coisa a ser feita é retirar o equipamento ou fio da tomada. O mais importante é tomar cuidado para não tocar no animal durante a descarga, pois há possibilidade de condução de corrente elétrica e consequente choque. Na sequência, verifique se o pet está consciente e qual o seu comportamento. Dependendo da intensidade da corrente elétrica, o animal pode sofrer graves queimaduras na boca ou patas, e até mesmo ter arritmia cardíaca. Por isso, é fundamental que ele seja levado imediatamente ao atendimento veterinário mais próximo.

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Como agir caso o pet apresente uma lesão com sangramento?

As lesões hemorrágicas são aquelas com sangramento ativo que podem ser causadas por mordidas, cortes ou perfurações. Nesses casos, conter o sangramento é importante, para isso, o tutor pode pressionar a região com gaze ou um pano limpo enquanto leva o pet ao veterinário, o procedimento ajudará a conter a perda de sangue. É importante ressaltar que caso haja algum objeto causando o sangramento, o tutor jamais deve tentar retirar o item. Isso poderá agravar ainda mais o quadro do pet.

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Como agir caso o pet sofra uma fratura?

Comumente as fraturas ocorrem em caso de queda ou atropelamento. Em ambos os casos, elas podem ser internas (quando não existe rompimento da pele), ou externas (quando os ossos ficam expostos). Caso o animal sofra uma fratura interna, o tutor pode tentar imobilizar a região para evitar que o pet se machuque durante o trajeto até o atendimento veterinário. Para isso ele poderá utilizar gaze ou atadura, esparadrapo e um objeto reto mais rígido para servir de apoio, como um papelão. Se a fratura for externa, é indicado apenas cobrir a região com uma atadura ou pano limpo. Em ambos os casos o tutor deverá buscar socorro imediatamente.

Como agir se o pet for picado por um animal peçonhento?

Se for possível, o tutor deve tentar identificar o animal peçonhento que picou o pet, isso auxiliará no atendimento veterinário. É importante que o tutor não tente mexer no local onde o animal foi picado, muito menos que tente remover o veneno realizando algum corte ou perfuração. O pet deve ser levado imediatamente à clínica mais próxima para que receba o tratamento adequado. Não importa se for picada de formiga, abelha ou escorpião. Leve o pet ao médico-veterinário.

Como agir em caso de intoxicação por ingestão oral?

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O primeiro passo é identificar o que causou a intoxicação. O produto, alimento ou planta, a quantidade ingerida e a quanto tempo o pet está apresentando sintomas. Essas são informações importantes que auxiliarão no atendimento veterinário.

Outro ponto de atenção é que não se deve forçar o vômito do animal, pois a prática poderá agravar o quadro ou até mesmo gerar lesões no estômago e esôfago do animal. O pet deverá ser levado ao veterinário imediatamente, se possível junto com o item ou informação do que causou a intoxicação.

Eu espero do fundo do meu coração que você não precise usar nenhuma dessas dicas. Melhor do que tentar amenizar a dor é prevenir para que ela não aconteça. Alguns acidentes são imprevisíveis. Porém, outros podem ser facilmente evitados. Todo cuidado é pouco quando falamos dos nossos filhos peludos!

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