Milhões de seguidores, publicidades de marcas famosas, estabilidade financeira, viagens, fãs, fama e muito mais, esse é o conjunto de desejo de muitos, especialmente jovens, que almejam a influência nas redes sociais. No entanto, sair do anonimato ou se manter no auge não são tarefas fáceis, mas, segundo profissionais da área, desistir não é uma opção para quem compartilha desse sonho.
Lucas Rangel, criador de conteúdo, humorista e empresário, soma mais de 20 milhões de seguidores no Instagram em quase 10 anos atuando nas redes sociais. Ele explica que tudo começou como brincadeira, até rentabilizar com seu conteúdo, a partir da busca de marcas para publicidades. Assim, com base em sua experiência, ele garante ser possível começar do zero.
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“As pessoas esquecem que todo mundo que chegou em algum lugar, um dia começou do zero. Acham que a maioria dos grandes influenciadores começaram manjando muito, nunca tiveram poucos seguidores. Não é assim”, pontua.
Persistência e inovação são essenciais para quem deseja seguir a carreira nas redes sociais. Além disso, é fundamental encarar a tarefa como uma profissão. “É preciso ter a noção de que é um trabalho. Algumas pessoas acreditam na ilusão de que trabalhar com a internet é a coisa mais fácil do mundo, mas é muito mais complexo”, destaca Tata Estaniecki Cocielo, que possui 9,5 milhões de seguidores no Instagram, é criadora de conteúdo, empresária e anfitriã do podcast PodDelas, com quase 2 milhões de inscritos no YouTube.
Influenciador digital ou criador de conteúdo?
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Tata explica que “termo ‘influenciador digital’ está em constante adaptação. Hoje em dia, é mais conhecido como ‘criador de conteúdo’”. Lucas, complementa que qualquer pessoa que está ativa nas redes sociais pode ser uma influenciadora, pois tem poder de incentivar os outros. Já o criador de conteúdo, para ele, faz jus ao título, a partir de produções autorais e evolução do conteúdo, que deve ir além das tendências.
Mas afinal, como ser um criador de conteúdo e se destacar entre tantos outros? Os youtubers Eduardo Camargo (Eduh) e Filipe Oliveira (Fih), que formam o Diva Depressão, com mais de 3 milhões de inscritos, e o podcast Divã da Diva, acreditam que o “segredo” é “falar sobre algo que você gosta e sabe”. “Se você fala sobre o assunto que gosta, de uma forma única, as chances de se manter sempre serão grandes”, garantem.
Rangel complementa dizendo que “as pessoas realmente se identificam quando sabem quem é você, quando conhecem mais de você e da sua personalidade”. Para isso, ele indica usar ferramentas que explorem essa possibilidade, como os Stories do Instagram e o YouTube.
Tata reforça a originalidade como essência para estar em ascensão. “Ninguém gosta de ver mais do mesmo. O conteúdo que viraliza ou se destaca é aquele que é feito de forma espontânea e verdadeira. Ir com a maré é o mesmo que desaparecer no oceano. É preciso encontrar o seu diferencial e explorar de uma forma criativa”, reflete. Como exemplo, ela cita o PodDelas, alegando não ser um formato inovador, e sim de conteúdo diferenciado. “Não existia nenhum programa que falasse com o público que falamos, com os convidados que nós chamamos. O segredo é dar a sua roupagem para algo já atrativo”, comenta.
Mais dicas para se manter em ascensão
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Edu e Fih pontuam a importância de trabalhar com constância e dedicação. “[É preciso] Trabalhar para se manter atualizado dentro do nicho que você escolheu como sua pauta e entender que, muitas vezes, a sua vida é seu próprio conteúdo”, explicam.
Além disso, se aperfeiçoar, estudar e estar presente em todas as redes sociais são estratégias aconselhadas por Rangel. “Acho interessante começar por onde está o hype, onde é mais atual. Mas é importante estar presente em todas as redes sociais, para conquistar cada vez mais pessoas”, recomenda.
Desanimar não é o caminho! “É preciso se reinventar, explorar a criatividade e testar novidades sem medo. Você tem que arriscar novas coisas, não importa se passou vergonha. E se isso, na verdade, se tornar a nova bola vez para sua carreira?”, encoraja o humorista.
Tata aponta como importante “se rodear de pessoas de confiança e empresas com experiência no mercado”, o que, inclusive, a motivou criar uma empresa de gerenciamento comercial de influência, a Yzi Assessoria. A iniciativa visa “oferecer o máximo de conforto e segurança” para a carreira da criadora de conteúdo e os demais assessorados.
Por trás dos bastidores
Trabalhar com as redes sociais pode ser “a porta de entrada” para outros caminhos. Tata, por exemplo, seguiu a carreira de empresária e tem uma marca de sapatos, a Louth Shoes, além da assessoria. Rangel também investiu no ramo, com a LR Contents, empresa voltada para agenciamento e gestão de carreira de influenciadores digitais.
Apesar da versatilidade e demais benefícios, a profissão, como qualquer outra, tem suas dificuldades e exigências que, segundo Fih e Edu, são impostas diariamente, a partir do “surgimento de novas redes e novos formatos de conteúdo”. “O maior desafio também tem a ver com se atualizar, sobre qualquer assunto que deseja falar, você precisa estar sempre atualizado”, ponderam.
Por fim, Lucas destaca: “As pessoas precisam estar preparadas para tudo. Exige muito tempo e demanda. Trabalha 24 horas, sete dias por semana. Precisa estar preparada para estar e lidar com pressão constante. Por isso, a saúde mental deve estar bem cuidada, para não te tirar do eixo.”