Meghan Leahy, especialista em educação e autora do livro ‘Parenting Outside the Lines’ (algo como “Criação Fora da Curva”), é colunista do jornal ‘The Washington Post’ e tira dúvidas dos leitores sobre criação dos filhos. Neste texto, ela responde à dúvida de um(a) leitor(a) com dificuldade de se comunicar com os filhos, que escreve:
Cara Meghan: Sempre gosto de ler sua coluna e, na maioria das vezes, concordo com suas ideias sobre criação de filhos. No entanto, também tenho dificuldades porque muitos de seus conselhos, especialmente com crianças mais velhas, consistem em perguntar a elas com curiosidade e abertura sobre a vida delas e depois simplesmente ouvir.
Eu adoraria fazer isso. Mas todos os meus três filhos, quando confrontados com uma pergunta seguida de silêncio, simplesmente dão de ombros. Acredito que tenho um relacionamento bom, não perfeito, com todos eles, e abordo essas conversas com curiosidade genuína. Como somos uma família atarefada de cinco pessoas, dedicamos o máximo de tempo possível para ficarmos juntos e jantamos juntos sempre que podemos.

Tentei modelar esse tipo de reflexão e compartilhamento a partir da minha própria vida. Ofereço a eles tempo para pensar sobre qual é o problema e falar comigo depois. Faço com que saibam que os vejo como parceiros na resolução do que quer que esteja acontecendo. Ainda nada.
Qual é o seu conselho depois de termos oferecido sentar e ouvir, mas nossos filhos ainda não nos contarem nada?
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Tentando ouvir
Obrigada por sua mensagem, eu realmente agradeço por você ter lido e me escrito. Também aprecio como você está tentando se conectar com seus filhos; cada tentativa importa, não importa quão fútil possa parecer.
À medida que nossos filhos crescem, é típico do desenvolvimento deles se tornarem mais reservados e possivelmente quererem compartilhar menos, mas o fato de você estar enfrentando dificuldade para se comunicar com cada uma das crianças me leva a crer que seu estilo de comunicação está falhando. Novamente, você claramente se importa e está tentando, então podem ser necessários apenas alguns pequenos ajustes!
Um dos motivos pelos quais seus filhos podem não estar conversando com você é que você simplesmente não está oferecendo tempo suficiente para a conversa. É incrivelmente desconfortável sentar e esperar que seus filhos lhe respondam, portanto, tente olhar para um relógio para ver quanto tempo leva para que eles compartilhem algo. Talvez você esteja dando a eles 15 segundos e eles levem mais tempo para compartilhar algo. Se eles estiverem acostumados a encolher os ombros e você desistir, esperar mais tempo pode funcionar.
Seus filhos podem estar calados porque se sentem culpados ou envergonhados pelo seu estilo de conversa. Talvez a honestidade tenha causado problemas para eles no passado. Por exemplo, se Cassandra foi repreendida na escola por não fazer o dever de casa e você diz: “Bom, Cassandra, eu sei que você teve problemas na escola hoje e já discutimos sua lição de casa antes. Eu não sei por que você simplesmente não fez como falamos... então me conte o que está acontecendo.”
Pode haver uma abertura na conversa (do seu ponto de vista), mas seu filho pode se sentir na defensiva, julgado e envergonhado, portanto, ele não quer compartilhar. Então, comece a prestar realmente atenção no seu lado da conversa. É claro que você quer aprender sobre como seu filho se sente, mas será que você já começou a conversa com julgamento ou culpa?
Seus filhos também podem estar quietos porque não sabem o que você quer deles ou podem se sentir fora de sincronia em termos de desenvolvimento. Se você mandá-los embora com uma declaração como: “Samuel, você está jogando muito videogame, e eu preciso que você volte para mim com um plano de como vai diminuir,” e, por exemplo, Samuel é um menino de 10 anos comum, esse nível de planejamento pode estar fora de sua capacidade de desenvolvimento. Então, ele não tem uma resposta.

Finalmente, ter três filhos é agitado; eu sei, eu passei por isso. Mas talvez seus filhos precisem de outra forma de conexão. Pode parecer ridículo, mas dê um descanso a toda essa conversa e concentre-se em se divertir com eles. Planeje um dia de fim de semana com cada um deles e faça algo divertido. Pode ser qualquer coisa que você queira, e com quanto dinheiro desejar, mas concentre-se simplesmente em estar com seus filhos sem um objetivo.
Tente se sentir confortável no silêncio e veja se você consegue perceber um descongelamento começando. Pode levar algum tempo, mas se eles se sentirem seguros o suficiente, eles podem começar a se abrir mais. Mas o tempo e os humanos são engraçados... você não pode controlá-los nem garantir nada.
Você tem alguns recursos ótimos aqui, e é a sua vez de ter curiosidade sobre si. Amplie a visão, se questione sobre algumas perguntas difíceis e passe tempo com seus filhos em que brincar e rir esteja no centro do palco. Boa sorte e não desista!
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