O cachorro mais feio do mundo: Conheça Scooter, que quase foi sacrificado e é campeão de concurso

Com a língua pendendo fora da boca e as patas traseiras invertidas, ele conquistou os jurados por sua independência; competição celebra a imperfeição e incentiva a adoção; veja fotos

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Por Eduardo Medina
Atualização:

NYT - Talvez tenha sido a semelhança de Scooter com uma jujuba preta brilhante que lhe rendeu o título de campeão do Concurso de Cachorro Mais Feio do Mundo.

Ou talvez tenha sido seu cabelo tipo moicano - mechas que se erguiam desafiando a gravidade - que agradou os juízes em Petaluma, Califórnia, na Feira de Sonoma-Marin.

Sua língua pende solta de sua boca. Suas patas traseiras são invertidas. Sua cauda pequenina e cinza é rala.

E ele com certeza é fácil de se amar, concluíram os juízes.

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“Da maneira mais fofa possível, ele meio que me lembra um hipopótamo peludo”, disse Catherine Liang, uma das juradas da competição.

Em um concurso que promove a adoção de cães e celebra a imperfeição, os juízes concederam o prêmio máximo a um cachorro de 7 anos.

Scooter, de 7 anos, venceu o concurso de cachorro mais feio do mundo, na Califórnia  Foto: John G. Mabanglo/EFE

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Scooter, um cão de crista chinês, foi trazido por um criador para o controle de animais em Tucson, Arizona, para ser sacrificado.

Mas ele acabou sendo resgatado e teve a “chance de encontrar um bom lar e uma vida razoavelmente normal”, de acordo com sua biografia.

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“Hoje Scooter não está apenas sobrevivendo, mas prosperando”, diz sua biografia. “Ele não tem ideia de que é diferente de qualquer outro cachorro.”

Depois que Scooter foi nomeado campeão, sua dona, Linda Elmquist, o ergueu bem alto, com a barriga manchada e enrugada.

Elmquist o amou à primeira vista e sentiu que poderia realmente ajudá-lo.

Scooter usa um carrinho com rodas para se locomover com mais facilidade, mas também consegue se equilibrar e andar apenas com as duas patas dianteiras.

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Scooter, com a tutora Linda Elmquist, que salvou sua vida Foto: John G. Mabanglo/EFE

“No começo, foi um pouco triste ver a condição em que ele estava”, disse Liang. “Mas quanto mais interagimos com ele, masi percebemos o quão adorável e amoroso aquele animal é.”

O que finalmente encantou os juízes, disse ela, foi como ele era “capaz de cuidar de si mesmo”.

Ainda assim, anos andando sobre as patas dianteiras cobraram seu preço e agora ele precisa fazer “paradas para descanso” mais frequentes, apoiando-se na bunda, que usa como tripé, de acordo com sua biografia.

Há cerca de dois meses, ele ganhou um carrinho novo para ajudar na mobilidade.

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Scooter quase foi sacrificado Foto: Carlos Barria/Reuters

Com rodas ou sem rodas, a torcida do concurso não se importou. Eles aplaudiram quando ele foi levado ao palco. Ele cambaleou. Ele piscou os olhos escuros. Ele mostrou sua língua sempre pendurada.

Scooter foi, na avaliação da multidão e dos juízes, um vencedor.

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