Projeto retrata lado 'sombrio' das selfies no Memorial do Holocausto

'Yolocaust' expõe a cultura 'comemorativa' representada nas fotos

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Por Redação
 Foto: Reprodução/Shahak Shapira - Yolocaust

Combinação da sigla Yolo - 'you only live once', ou 'você só vive uma vez', expressão popular na internet - e a palavra Holocausto, em inglês, o projeto Yolocaust coloca em discussão as selfies feitas no Memorial do Holocausto em Berlim, na Alemanha.

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Criado pelo israelita Shahak Shapira, que vive em Berlim desde os 14 anos, o site traz fotos tiradas no local que o autor encontrou nas redes sociais. Ao passar o cursor por cima delas, a cena muda. Shapira recriou os cenários com imagens de campos de concentração nazistas como plano de fundo das selfies.

O autor e satirista, como ele mesmo se descreve, não usa a palavra 'crítica' em seu site, mas afirma que o projeto "explora a cultura comemorativa." Em um pequeno FAQ, Shapira escreve: "- Então o que eu posso fazer ou não no Memorial do Holocusto? - Nenhum evento histórico se compara ao Holocausto. Depende de você escolher como vai se comportar num local de memória que marca a morte de 6 milhões de pessoas." Ao mesmo tempo, ele procura não pegar tão pesado assim. "O comportamento de algumas pessoas no local é realmente desrespeitoso. Mas as vítimas estão mortas, então elas provavelmente estão ocupadas fazendo coisas de gente morta em vez de se importar com isso", escreve.

Como ele não pediu autorização para usar as fotos, deixou um email (undouche.me@yolocaust.de - algo como me 'desbabaqueie' @yolocaust.de) para quem quiser que sua imagem seja removida do projeto.

Veja mais algumas imagens:

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