Conheça a história do Museu da Diversidade Sexual de São Paulo

Instituição foi fechada pela Justiça após ação movida por deputado bolsonarista

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Após decisão da Justiça de São Paulo, instituição criada em 2012foi fechada. Foto: Museu da Diversidade Sexual

No último sábado, 30, uma ordem judicial interrompeu, por tempo indeterminado, as atividades do Museu da Diversidade Sexual (MDS). A decisão veio após ação popular movida pelo deputado estadual Gil Diniz (PL).

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O museu, destinado à preservação e valorização da comunidade LGBTQ+, nasceu em 2012 por meio do decreto nº 58.075, publicado em 25 de maio daquele ano pelo então governador Geraldo Alckmin

Entre as atribuições da instituição, estão a pesquisa e divulgação do patrimônio histórico e cultural das pessoas LGBTQ+ e a valorização da diversidade sexual na construção social, econômica e cultural do estado de São Paulo.

Desde a sua criação, o instituto promoveu inúmeras exposições e mostras gratuitas para levar conhecimento e conscientizar os visitantes sobre temáticas que percorrem o universo de uma comunidade ainda invisibilizada.

Temas como diversidade no esporte, combate às violências de gênero e Direitos Humanos já foram debatidos no espaço. Além disso, muitos artistas independentes tiveram a oportunidade de expor seus trabalhos.  

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O museu também possui presença no ambiente digital e promove exposições virtuais em seu site. Também há conteúdos informativos nas redes sociais, cursos online e um podcast quinzenal sobre memória, arte, cultura e diversos outros assuntos.

No dia em que foi fechado, o MDS estava prestes a receber a exposição Duo Drag, com fotografias de 50 drag queens que movimentam a cena paulista desde a década de 1980.

O museu é o primeiro equipamento cultural da América Latina dedicado à comunidade LGBTQ+. Em dezembro do ano passado, o governo estadual anunciou uma expansão física na instituição, que atualmente ocupa uma sala de 100m² no metrô da República.

Foram destinados R$ 9 milhões para a obra, que ampliará a área do museu para 540 m². Além disso, no início deste ano, foi firmado um contrato de R$ 30 milhões com o Instituto Odeon para a administração do espaço nos próximos cinco anos.

Esse segundo contrato que foi alvo da ação do deputado bolsonarista, que julgou ser um "desperdício frívolo de dinheiro público". Para que o museu volte a funcionar, será necessário que o Estado recorra da decisão, que ainda não é definitiva. 

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