O agressor do ator Victor Meyniel, o estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre, afirmou em declaração à Polícia Militar no último sábado, 2, que atacou o influenciador porque ele “teria desrespeitado sua esposa”. A informação é do jornal O Globo. A resposta foi dada a partir do questionamento do sargento Fabiano Valadão, do 19º Batalhão da Polícia Militar de Copacabana, no Rio de Janeiro.
O policial encontrou Victor “muito machucado e sangrando” na portaria do prédio de Yuri. Segundo o estudante, ele teria conhecido o influenciador em uma “baladinha”. Na ocasião, Yuri foi preso em flagrante pelos crimes de lesão corporal, injúria por preconceito e falsidade ideológica por ter afirmado que era médico militar.
A agressão foi gravada pelas câmeras do prédio. Nas imagens que circularam pela internet no último final de semana, é possível ver o estudante de medicina proferindo diversos socos no rosto de Victor. Em entrevista ao RJTV, da TV Globo, nesta segunda-feira, 4, o influenciador afirmou que pediu “desesperadamente para ele parar”.
Omissão de socorro
Imagens obtidas pela Polícia Militar do prédio mostram também o porteiro Gilmar José Agostini levantando o influenciador dois minutos após o fim dos ataques. Gilmar foi autuado por omissão de socorro pela delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Segundo Victor, o porteiro não o ajudou e apenas o “tirou da passagem” para liberar o acesso aos moradores na entrada. Em depoimento à polícia, Gilmar disse que ajudou o ator e ligou para o síndico do prédio, que acionou a PM.
Segundo a advogada do ator, Maíra Fernandes, o artista questionou Yuri se ninguém sabia sobre a sua orientação sexual. Durante a agressão, o estudante teria dito: “Eu não sou viado. Você é que é”. Já a defesa do agressor negou que ninguém soubesse e afirmou que Yuri já foi casado com uma pessoa do mesmo sexo.
Segundo o criminalista Lucas Oliveira, a identidade do seu cliente está sendo apagada. Sobre os ataques, o advogado não nega. “Há nos autos do processo exame de corpo de delito realizado por perito oficial que prova que as lesões não geraram incapacidade, perigo de vida ou debilidade permanente.”
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.