A defesa de Alexandre Correa confirmou ao Estadão que entrou com uma petição para impugnar o laudo pericial feito em Ana Hickmann após ela denunciar o então marido por agressão, que lhe teria causado uma lesão no braço esquerdo de natureza leve. Ainda de acordo com a defesa, o pedido foi feito porque o documento não estaria de acordo com as normas do Manual de Perícias Técnicas Para Magistrados elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“O laudo da perícia sobre a suposta agressão é nulo de pleno direito, pois não houve clínico da suposta vítima”, afirma o advogado Enio Martins Murad ao Estadão. Na petição, emitida no dia 30 de dezembro de 2023, a defesa de Alexandre alega que o laudo não consta com fotos, exames ou outro tipo de documento que possa provar a lesão.
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A defesa diz ainda que a apresentadora não informou ao médico como teria se ferido, o que supostamente não comprovaria o envolvimento de Alexandre, e colocou em dúvida se a lesão foi no braço direito ou esquerdo, o que, segundo a defesa, também não estaria comprovado no laudo.
A petição alega ainda que Ana Hickmann estaria na festa de aniversário do sobrinho “menos de 24 horas depois da suposta agressão”, demonstrando, segundo os advogados, “rápida e surpreendente recuperação”.
A assessoria de Ana Hickmann enviou um comunicado ao Estadão nesta terça, 30: “Alexandre Correa é réu no caso de violência doméstica, cometida contra Ana Hickmann no dia 11/11/2023. A vítima foi submetida a exames após a agressão, que comprovam o ato violento com lesão. O caso está sendo conduzido pela justiça”, diz a nota.
Relembre o caso
O Estadão teve acesso ao boletim de ocorrência registrado por Ana Hickmann, no qual ela acusa o empresário de agressão física. Segundo seu relato, ela estaria na cozinha de sua casa com Alexandre, o filho e duas funcionárias. Ela teria dito algo ao filho que o marido não teria gostado e foi repreendida, com “ambos aumentando o tom de voz”. A criança teria pedido que parassem de brigar e saído correndo assustada.
“O autor passou a pressionar a vítima contra a parede, bem como a ameaçá-la de agredi-la com uma cabeçada, ocasião em que ela conseguiu afastá-lo e, ao tentar pegar seu telefone celular, que estava em cima de uma mesa na área externa, o autor, repentinamente, fechou a porta de correr da cozinha, o que pressionou o braço esquerdo da vítima”, diz o trecho seguinte do documento policial.
Ana, então, teria conseguido trancá-lo para fora de casa e fez a ligação para a Polícia Militar. Correa teria deixado o local pouco depois. Hickmann buscou atendimento médico no Hospital São Camilo, onde foi constatada uma contusão em seu cotovelo esquerdo. Ainda segundo o BO, ela teve o braço imobilizado com uma tipoia.
“A vítima tomou ciência das medidas protetivas conferidas pela Lei Maria da Penha, porém, neste momento, optou por não requerê-las”, encerra o documento.
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