Billy Porter esteve entre os assuntos mais comentados nas redes sociais nesta segunda-feira, 18. Isso porque o ator criticou a escolha da revista Vogue, em novembro de 2020, de colocar Harry Styles na capa para representar a moda não-binária.
Em entrevista ao Sunday Times Style, publicada neste domingo, 17, o artista revelou que sentiu falta de ter seus próprios créditos, já que acredita que foi o primeiro a levantar essa bandeira.
"Eu, pessoalmente, mudei todo o jogo. E isso não é ego, é apenas um fato. Fui o primeiro a fazer isso e agora todo mundo faz", opinou o intérprete da Fada Madrinha, do filme Cinderela, que estreou este ano na Amazon Prime.
Nas premiações e eventos de Hollywood, Porter sempre chama atenção pelos vestidos elaborados e cheios de cor. “Sinto que a indústria da moda me aceitou porque foi obrigada”, explicou.
“Não estou necessariamente convencido e aqui está o porquê: Eu criei a conversa [sobre moda não binária] e ainda assim a Vogue ainda colocou Harry Styles, um homem branco heterossexual, em um vestido em sua capa pela primeira vez“, disse.
“Não estou falando mal do Harry Styles, mas é ele que você vai tentar usar para representar esta nova conversa? Ele não se importa, ele só está fazendo isso porque é a coisa certa a fazer”, alegou.
Por fim, Billy explicou que esta é uma causa que ele está muito envolvido, diferentemente do cantor. “Isso é política para mim. Esta é minha vida. Tive que lutar minha vida inteira para chegar ao lugar onde pudesse usar um vestido para o Oscar e não ser morto. Tudo o que ele precisa fazer é ser branco e heterossexual“.
Harry Styles e a revista Vogue não se pronunciaram sobre a declaração.
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