Morreu na segunda-feira, 15, a blogueira Alinne Araújo, aos 24 anos, na capital do Rio de Janeiro. A jovem viralizou nas redes sociais após o seu noivo, Orlando Macedo, terminar o relacionamento na véspera do casamento.O homem havia rompido por WhatsApp no sábado, 14, e a cerimônia seria no domingo, 15. Ela então resolveu manter o evento mesmo sem ele. "Fui pega de surpresa, quis morrer. Ele sempre soube da minha condição [psicológica], mas não se importou em como eu estaria. Eu recebi a notícia quando estava dirigindo e tive uma crise no volante", escreveu no Instagram. "Poderia ficar aqui chorando, mas tem uma festa linda me esperando. Então hoje eu me caso comigo mesma em nome da minha vida nova. Me desejem sorte. Amo vocês", completou.
Um dia depois, Alinne se suicidou, pulando do nono andar de um prédio.
A carioca, que estudava psicologia, sofria com depressão e gravou stories antes da tragédia, criticando os seguidores que disseram que ela queria se promover ao se casar sozinha. "Vocês estão querendo mandar no jeito de eu sentir as coisas. Podem criar a história que vocês quiserem nas suas cabeças. Não estou nem aí para os haters [pessoas que criticam as outras na internet]", desabafou.
"Essa é a última vez que eu me pronuncio aqui sobre essa palhaçada de eu estar querendo me promover. Foi um dos piores momentos da minha vida. É legal fazer marketing por ter sido abandonada... parabéns para vocês que estão falando um monte de bos** sobre a minha vida. Ridículos", disse.
'Eu não existo mais'
Orlando Macedo se manifestou pelo Instagram. O ex-noivo publicou uma selfie com um texto e excluiu a conta na rede social em seguida. "Estou tentando escrever. Assim que eu tiver forças, eu explico melhor. Só posso adiantar que eu não existo mais, estou acabado", escreveu.
Internautas deixaram palavras de conforto para o homem e um usuário sugeriu que ele excluísse a conta, pois o “Instagram é tóxico demais”.
Busque ajuda
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento 24h para quem está com pensamentos suicidas ou que enfrenta outros problemas.
“Mesmo que você não tem certeza de que precisa de nossa ajuda, não tenha receios em entrar em contato com a gente. Um de nossos voluntários estará à sua disposição”, explica a equipe do site.
O serviço pode ser acionado para um voluntário ir até a casa da pessoa ou conversar via chat, telefone ou e-mail. Acesse aqui.
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