Camila Pitanga participou do Quem Pode, Pod — podcast apresentado por Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme — desta terça-feira, 6. Durante a conversa, a atriz foi perguntada sobre a sua relação com a artesã Beatriz Coelho e como foi o processo de “sair do armário”'. Ela devolveu dizendo que não “saiu do armário”, mas que foi “tirada dele”. “Nunca fiz declaração sobre os meus namorados, por que eu vou fazer de namorada?”, respondeu.
Camila pontuou que não gostaria de ser vista como uma mulher bissexual e que não gostaria de ser considerada uma representante da causa LGBTQIAP+. Para a atriz, ela precisaria ter mais “‘rodagem’” para assumir tal posicionamento.
Além disso, a atriz disse que seu relacionamento com Beatriz Coelho foi sobre amor, não sobre sexualidade. “Eu não vivi uma sexualidade. Vivia uma história de amor com a Bia, sabe? Não era para ser uma missão, para ser um panfleto”, afirmou. “Falei: ‘cara, vou viver o amor que estou sentindo e se a reboque desse amor eu sentir vontade de falar sobre a causa, [eu falo]. Mas não quero fazer isso à frente da minha história’”.
Camila reconheceu a importância política da sua afirmação enquanto bissexual. Apesar disso, disse que não quer ser ‘colocada dentro de uma caixinha’. “Eu não me daria o nome de bissexual, porque estou em movimento, estou vivendo”, declarou. “A minha libido é aberta, eu sou livre, eu adoro gozar e eu não vou abrir mão da minha liberdade, porque as pessoas estranham. Não vou mesmo”.
O namoro com Beatriz durou quase dois anos. Elas terminaram em dezembro de 2020. Desde 2021, a atriz namora o professor universitário Patrick Pessoa.
Na entrevista, Camila também comentou sobre racismo e disse que o “colorismo” mexe com alguns traumas de sua vida. “Eu me olho no espelho, eu sou preta. E se você acha que eu não sou, desculpa, o problema é seu”, disparou.
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