Chad Kroeger, do Nickelback, relembra 1º show no Brasil: ‘Nunca vivi nada parecido’

Cantor conversou com ‘Estadão’ sobre novo disco da banda, ‘Get Rollin’', e planos de se apresentar no País

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Foto do author Gabriela Piva

Crianças, adolescentes e jovens adultos do Brasil que não ouviram Photograph, How You Remind Me ou Far Away no início dos anos 2000 que atirem a primeira pedra. O sucesso nas paradas do País faziam com que as músicas e os clipes da banda canadense Nickelback fossem figurinhas carimbadas na MTV Hits e nas principais rádios.

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Chad Kroeger, vocalista do grupo, experienciou a paixão dos brasileiros de perto pela primeira vez no Rock in Rio de 2013, mas parece que o show para cerca de 100 mil pessoas foi marcante o suficiente para nunca mais esquecer. Do estúdio de sua casa em Vancouver, no Canadá, ele contou ao Estadão que o earpiece, aparelho usado por músicos para monitoração de palco, não dava conta de abafar o som da plateia do festival.

“Nunca vivi nada parecido na minha vida. Não sabia o que esperar. A gente entrou no palco e a galera foi à loucura a ponto de ser possível escutar a multidão mesmo com o earpiece, que são grandes e tampam a orelha inteira. O aparelho não funcionava porque a plateia gritava tanto que o palco chegava a tremer. E sabe, eram quatro pessoas contra 100 mil... Eu pensava: ‘O que a gente vai fazer?’ (risos)”, relembrou.

Nickelback relembra primeiro show no Brasil, que ocorreu no Rock in Rio de 2013, em entrevista ao 'Estadão' Foto: Richard Beland

Eles retornaram em 2019, também no Rock In Rio, para o último show antes da pandemia da covid-19. O grupo só se apresentou novamente depois do lançamento do décimo disco da banda, Get Rollin’, em 2022. Apesar dos mais de 20 anos de carreira, Kroeger ficou ansioso com a volta dos concertos.

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“Nós ensaiamos e, tudo certo com os ensaios, não tem nenhum problema grande e nem nada, mas quando você sobe no palco e encontra aquele monte de gente lá... E de repente, tem que lidar com tudo aquilo que estávamos acostumados a lidar [mas não estamos mais]... Mesmo assim, é muito divertido. Sentimos muita falta”, entregou.

Os planos da próxima turnê de Nickelback devem envolver o Brasil. Kroeger, no entanto, afirma não saber desses detalhes por não ser o responsável pela organização dos shows. Apesar disso, ele garante que, se depender dele, o banda volta ao País “o mais rápido possível”.

Relembre a apresentação no Rock in Rio de 2019:


Por que demorou tanto tempo para lançar um disco?

Desde o lançamento do último disco, Feed The Machine, o hiato de cinco anos do Nickelback parece que não teve uma razão bem definida. Ao ser questionado o motivo da demora para lançar um novo projeto, Kroeger ri antes mesmo de responder.

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“Porque somos preguiçosos (risos)”, brincou. Ele até relembrou de quando via artistas lançando dois discos por ano durante o isolamento social - como foi o caso de Taylor Swift, que divulgou Evermore e Folklore em 2020.

“Começamos a ter umas ideias aqui e ali, mas não tínhamos pressa de nada porque não sabíamos por quanto tempo ficaríamos no isolamento social. Foi muito bom e prazeroso não ter a gravadora ou o empresário te pressionando para lançar algo”, contou.

Orgulhosos de Get Rollin’, algumas canções do disco são muito similares aos hits antigos de Nickelback. O single Those Days, principalmente, relembra o passado, assim como em Photograph ou Never Gonna Be Alone, ao cantar:

“Lembra quando as luzes da rua acenderam/ E a gente tinha que estar em casa?/ Lembra quando lançou A Hora do Pesadelo?/ Não conseguíamos assistir sozinhos.”

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O ponto alto da entrevista, inclusive, acontece quando, ao falar sobre Photograph, Kroeger pega o violão e toca o início da música que ele diz ser sobre a sua experiência de vida.

Com composições com base em experiências próprias, Kroeger escreveu Those Days, single muito similar à conhecida Photograph, do disco All The Right Reasons (2005), para homenagear a época na qual fora um adolescente. No single do início dos anos 2000, ele canta sobre os lugares onde cresceu.

Ouça:

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