O cantor Lucas Lucco usou seu Snapchat para desabafar mais uma vez sobre o problema da depressão e da síndrome do pânico que enfrenta há alguns anos. Ele diz estar um pouco melhor atualmente, tanto que já começou a reduzir a medicação.
"Eu tomei remédios bastante tempo e até hoje tomo alguns, mas estou parando aos poucos. Foi um momento muito difícil para mim, meus pais e minha família. Sempre trabalhei muito, tinha mais de 25 shows por mês, comecei a gravar Malhação, que é uma coisa que eu amo fazer, assim como cantar", explicou.
O cantor, sem citar nomes, disse que se preocupa com tudo o que acontece ao seu redor e que essa carga de trabalho misturada com sentimentos foi a responsável pelo quadro que ele se encontra hoje.
"Eu carrego o mundo inteiro nas costas, sozinho. Isso começou a ficar mais complicado e aconteceram coisas que me deixaram triste do nada. Eu não conseguia sair de casa, faltei a gravação e não fui a um show em Curitiba. Eu fiz alguns shows com muita dificuldade mas, no palco, eu era o mesmo. Não podia transparecer isso. As pessoas que vão no show querem ter alegria. O meu trabalho é como qualquer outro. Um médico, por exemplo, não pode levar problemas para a o consultório", assegurou.
No ano passado, o cantor veio a público e contou, através de um post nas redes sociais, que sofria de depressão e síndrome do pânico. Desde então, Lucas passou a ser procurado por várias emissoras de TV para falar sobre o seu problema, mas ele sempre recusou, pois não queria ficar marcado como "o cara que ficou doente".
"Hoje eu posso ver de fora e falar sobre a depressão e a síndrome do pânico. É uma das piores doenças que existem, uma ferida que você não consegue ver, e nem as outras pessoas. Ela está dentro de você. Pode parecer frescura, mas é uma dor muito grande, além do medo de morrer", conta.
Ainda segundo o astro, no auge da sua doença, seu avô também ficou doente, o que motivou uma prima dele a acusá-lo de não dar atenção à família e nem ajudá-los a transferir o patriarca da família para um hospital melhor.
"Isso me deixou pior do que eu estava. Na minha fase mais difícil, me julgaram. O meu avô é o cara que eu mais amo no mundo inteiro. Eu não o vejo desde aquele dia, e isso me sufoca. Meu avô sustenta a minha fé, mesmo estando longe. Se hoje eu não bebo nem fumo é para seguir os passos dele", finalizou.
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