O compositor Danny Elfman, 70, responsável por diversas trilhas musicais do cinema e televisão como Simpsons e A Noiva Cadáver, está sendo processado por não pagar um acordo de U$ 830 mil (cerca de R$ 4 milhões) para abafar uma acusação de abuso.
A ação está sendo movida por uma ex-colega de Elfman, Nomi Abadi, que o acusa de não pagar o valor integral acordado há cinco anos. A informação foi revelada pela revista Rolling Stone. Segundo o relatório obtido pelo veículo, a vítima afirmou à polícia que, ao longo de quase um ano, o compositor teria se exposto e se masturbado várias vezes na frente dela sem o seu consentimento.
O processo reitera que ambos concordaram com a decisão, no qual Elfman faria pagamentos em várias parcelas ao longo de cinco anos. No entanto, o músico não pagou duas parcelas de US$ 42.500 em julho de 2019 e 2021. Abadi está buscando uma medida cautelar, exigindo o total de US$ 85.000 que ela alegou que Elfman não pagou.
Elfman nega as acusações
Para a Rolling Stone, Elfman negou por meio de um advogado todas as alegações de Abadi, incluindo alegações de que ele já havia se exposto ou se masturbado na frente dela. Segundo o comporsitor, o relacionamento deles era platônico, alegando que Abadi tentou perseguir Elfman romanticamente e retaliou contra ele depois que ele a rejeitou.
“É decepcionante, mas infelizmente não surpreendente, que essa narrativa infundada seja revivida agora que os pagamentos foram interrompidos. Acusações por si só não devem e não equivalem a culpa, e Danny vai se defender e limpar seu nome com o volume de evidências e as próprias palavras da outra parte - as palavras dela falam por si”, disse o representante.
Em uma declaração para a revista, o advogado de Abadi, Jeff Anderson, disse: “É irônico que as declarações atuais do Sr. Elfman sejam diretamente contrárias à posição que ele manteve na disputa subjacente e ao registro probatório.”
Declaração anterior
Em uma coletiva de imprensa em fevereiro, dois dias antes do Grammy deste ano, Abadi falou como uma sobrevivente de má conduta sexual na indústria da música. Ela afirmou que não votou depois de ver a lista de indicados ao prêmio (no qual Elfman foi indicado para o Melhor Arranjo Instrumental), pois disse que incluia agressores.
A pianista ainda pediu o fim dos acordos de confidencialidade que impedem supostas vítimas de má conduta sexual de falar.“Eu vi os nomes dos [supostos] agressores que foram indicados ao Grammy este ano e não consegui votar”, disse.
“Há uma necessidade clara e urgente de centrar as experiências de sobreviventes de agressão sexual na indústria da música, que perderam suas carreiras porque foram abusadas e silenciadas.”
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