O ex-BBB Felipe Prior foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto por estupro neste sábado, 8. O caso teria acontecido em 2014. A informação foi confirmada por uma das advogadas de acusação, Maira Pinheiro, ao Estadão nesta segunda-feira, 10.
O processo segue em sigilo e Prior pode recorrer na Justiça em liberdade. Conforme a advogada, o ex-BBB ainda responde por mais três processos, todos com acusações por estupro. As penas, segundo ela, podem chegar a 24 anos de prisão.
Em nota enviada ao Estadão, os advogados de defesa informaram que irão recorrer da decisão e declararam que o ex-BBB é inocente.
“Reafirmando-se a plena inocência de Felipe Antoniazzi Prior, repisa-se ser esse seu status cívico e processual, à luz de presunção de inocência, impondo-se a ele, como aos demais cidadãos em um Estado Democrático de Direito, como o pátrio, respeito, em primazia ao inciso LVII, do artigo 5º, da Constituição Federal brasileira que preconiza que ‘ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória’, para que não se incorra em injustiças, como muitas já assistidas, infelizmente, em nosso País”, diz um trecho do documento.
Segundo Maira, o crime teria ocorrido em agosto de 2014 e a denúncia foi feita em 2020. O ex-BBB teria oferecido uma carona à vítima, que não foi identificada pela advogada, e, após, teria encostado em uma rua escura e praticado o crime.
Conforme o relato, Prior ainda teria intensificado a violência após pedidos da mulher para que ele parasse. Ele apenas interrompeu o crime depois de causar uma lesão na região genial da vítima. Maira relata que a vítima passou por atendimento hospitalar após o caso, mas passou a desenvolver crises de pânico que duraram anos.
As denúncias teriam vindo à tona depois do ingresso de Prior no BBB 20. O início do caso foi conduzido por Maira e pela advogada Juliana Valente, que encaminharam as denúncias à delegacia da mulher. O ex-BBB foi denunciado pelo Ministério Público. Os outros processos envolvem crimes que teriam sido cometidos em 2015, 2016 e 2018.
“Nós recebemos essa sentença com grande alívio, diante do reconhecimento pela magistrada da materialidade do crime de estupro, valorizando a palavra da vítima e o robusto acervo probatório”, comentou.
Leia a nota enviada pela defesa de Felipe Prior na íntegra:
*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais
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