O Príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II, que faleceu no dia 8 de setembro, destratava funcionários que serviam a realeza britânica e mantinha relacionamento com várias mulheres ao mesmo tempo. As alegações são de Paul Page, que trabalhou como oficial do Royal Protection Group entre 1998 e 2004, feitas no documentário Prince Andrew: Banished. As informações foram divulgadas pelo site Page Six nesta quinta, 5.
O ex-funcionário disse que o número de mulheres que visitavam os quartos privados do Príncipe Andrew era enorme e chocava tanto ele, quanto os outros policiais que trabalhavam na segurança do Palácio de Buckingham. “Nós costumávamos brincar que ele deveria ter uma porta giratória em seu quarto. A quantidade de mulheres entrando e saindo de lá. Era literalmente a cada dois dias que alguém vinha para vê-lo. Uma diferente toda vez”, revelou ele.
Paul relembra de uma situação específica. Quando numa noite, uma mulher apareceu na residência real e disse que queria conhecer o duque de York. Os policiais alegaram que não poderiam liberar a entrada dela e pediram desculpas à mulher. Ela então fez uma ligação para o príncipe.
“De qualquer maneira, ele disse: ‘Coloque um dos oficiais na linha’. Um dos meus colegas pegou o telefone. Ele gritou com toda a sua voz: ‘Ouça-me, seu gordo, babaca. Se você não deixar minha convidada entrar, eu vou descer até aí”, relatou Paul. Ele ainda lembra que com o tratamento de Andrew dado aos policiais, a mulher ficou envergonhada antes de encontrar com o príncipe.
Na sequência, o ex-segurança continua dizendo que o duque de York é “uma pessoa horrível” e “é alguém que intimida os outros”. “Você pensaria que um membro da família real teria algum tipo de decoro e respeito pelos funcionários que estão lá e são pagos para protegê-los. (Com Andrew), não há nada, absolutamente nada”, sentenciou Paul.
Não é a primeira vez que o filho de Elizabeth II é apontado por falta de decoro. No início de 2022 ele perdeu o título honorífico real após ser acusado de abuso sexual pela americana Virgínia Giuffre, que revelou em 2001 ter sido abusada sexualmente pelo príncipe quando tinha 17 anos.
O documentário também mostra a proximidade de Andrew com o financista Jeffrey Epstein, que morreu em 2019, e foi condenado por abuso sexual.
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