A supermodelo Gisele Bündchen concedeu uma entrevista reveladora ao programa americano CBS News no último domingo, 24. Nela, a modelo de 43 anos contou que já teve crises de pânico e pensamentos suicidas e, por isso, se afastou totalmente dos holofotes.
Para sobreviver à frenética vida de modelo, Gisele disse que interpretava uma personagem. “Eu tinha ‘ela’”, disse, se referindo à persona que tinha durante a carreira. “Uma atriz silenciosa”, contou a reportagem. Mas, em certo momento, Gisele começou a ter episódios constantes de ansiedade e chegou a desejar nunca ter sido descoberta como modelo.
“Todo mundo olhava para mim e pensava que eu tinha tudo. E eu sentia que eu estava vivendo essa vida que estava me matando”. Segundo ela, o consumo de café e cigarros de manhã, combinado a uma garrafa de vinho à noite, sem dormir, era muito pesado para o seu sistema nervoso – e sua saúde mental estava abalada.
“Eu não conseguia respirar, eu entrava nos estúdios e me sentia sufocada. Eu morava no nono andar e subia as escadas. Eu não pegava o elevador porque sentia que iria hiperventilar”, descreveu. Ao ser perguntada pelo entrevistador se ela já pensou em pular da janela de seu apartamento, Gisele respondeu: “Sim. Por um segundo”.
Anos depois, a modelo optou por viver uma vida mais reclusa, cercada de natureza, e diz não sentir falta alguma dos holofotes. Ela também faz um detox completo de cafeína, açúcar e álcool e busca se tratar com remédios herbais.
Recém-divorciada, Gisele ainda afirmou que não se arrepende de nada e falou sobre sua separação de Tom Brady, após 16 anos de casamento. “Não é o que eu sonhava, não é o que eu esperava”, confessou. “Mas a gente tem que aceitar que, do jeito que as coisas são quando você tem 20 anos, às vezes vocês crescem juntos, às vezes, se separam”.
“Ele é o pai dos meus filhos, sempre vou desejar o melhor a ele. E quando uma porta se fecha, outra porta se abre”, completou.
Com todos esses acontecimentos, Bündchen garantiu que está bem. “Antes eu estava sobrevivendo e agora estou vivendo. Isso é muito diferente”.
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