Nesta terça-feira, 11, a revista 'Glamour' publicou um relato em primeira pessoa em que Giselle Itié revela ter sido abusada aos 17 anos, quando ainda era virgem. A atriz afirma que o autor da violência sexual foi o "último homem que poderia imaginar": o namorado e "príncipe" na época.
Segundo a atriz, o estupro ocorreu após o namorado a embebedá-la. "X me desejou boa-noite e me chamou de Cinderela. [...] Acordei. Olhei para o lado e lá estava ele, dormindo. Olhei melhor e o vi nu. Susto. Me olhei. Nua. O chão forrado de garrafas vazias. Eu forrada de amnésia. Foi difícil sentar. Então vi o que eu já imaginava. Perdi a virgindade. Me perdi. Sem saber o que fazer, me tranquei no banheiro. Senti nojo de mim, vergonha, medo. O que aconteceu? Notei meu corpo machucado, roxo, mordido. Não conseguia pensar nem chorar. Só queria o abraço da minha mãe", escreveu Giselle para a revista 'Glamour'.
Giselle já tinha falado sobre a agressão sexual em um vídeo para o Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra Mulher.
Após ser procurada pela reportagem do 'Estadão', a assessoria de imprensa da atriz enviou a nota abaixo:
"A atriz Giselle Itié está envolvida numa causa muito importante: a violência contra a mulher. Recentemente ela promoveu um ato intitulado Ni Una Menos, ", em português “nem uma menos”, que se solidariza com todas as mulheres que passaram ou sofrem algum tipo de violência machista. A atriz, que participou da direção dos vídeos da campanha, também dividiu seu depoimento junto com tantos outros que foram gravados.
Em razão de seu engajamento na causa, Giselle foi convidada para o 1º CineDiálogo organizado pelo Comitê de Combate à Violência contra a Mulher do Grupo Mulheres do Brasil (GMdB) em prol do "Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher" e dos “16 dias de Ativismo” propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que aconteceu no final do ano passado.
A atriz debateu sobre este assunto tão delicado ao lado da jornalista Aline Midlej e da escritora Sheyla Smaniotto, com mediação da advogada Raquel Preto, coordenadora do Comitê de Combate à Violência.
Para mais informações sobre a campanha, segue o link do site “Ni Uma a Menos” na Argentina: http://niunamenos.com.ar/"
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