O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reabriu a ação em que o chef de cozinha Thiago Salvático pedia o reconhecimento de união estável com Gugu Liberato. Com a decisão, ele volta à disputa pela herança do apresentador, avaliada em cerca de R$ 1 bilhão.
Assinada pelo desembargador Galdino Toledo Júnior, a mudança foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico e determina o retorno dos autos à primeira instância para que a família de Gugu possa ser citada no processo e responder ao recurso apresentado. Galdino encaminhou também a suspeição da ação para análise da Câmara Especial do Tribunal, uma vez que o chef questionou a conduta do magistrado.
O pedido de união estável feito por Salvático foi negado pela Justiça em janeiro deste ano, quando o juiz responsável, José Walter Chacon Cardoso, da 9ª Vara da Família e Sucessões de São Paulo, extinguiu a ação. Para o magistrado, o caso tinha sido dado como extinto “sem exame de mérito”. Mas em 28 de fevereiro, o chef de cozinha apresentou a suspeição.
Mais sobre a ação de Salvático
Na sentença de 15 de dezembro de 2022, Thiago Salvático declarou que teve uma união estável com Gugu Liberato de novembro de 2016 a 21 de novembro de 2019, quando o apresentador morreu, aos 60 anos, após sofrer um acidente doméstico em Orlando, nos Estados Unidos. O documento inicial com os argumentos da defesa tinha mais de 100 páginas com conversas e fotos de viagens dos dois juntos.
Rose Miriam
A família Liberato se reuniu novamente na última quinta-feira, 22, no Fórum João Mendes, em São Paulo, para o segundo dia da audiência judicial - a primeira foi realizada na data anterior - que discute a herança de Gugu e analisa o processo de união estável entre Rose Miriam Di Matteo e o apresentador, movido por ela. Uma nova audiência foi marcada para o dia 3 de julho, quando a última testemunha deve ser ouvida.
O objetivo é concluir se Gugu e Rose, mãe de seus três filhos, tinham ou não uma união estável. Ela, que declara ter sido companheira do apresentador por 20 anos, foi excluída do testamento feito por ele em 2011.
Os primeiros depoimentos aconteceram em maio, com a oitiva das gêmeas Marina e Sofia, de 19 anos, e de outras testemunhas envolvidas no processo. As duas se posicionaram favoráveis à mãe.
‘Carta escrita por Rose é verdadeira’
Uma carta escrita por Rose Miriam repercutiu na internet na última quinta-feira. Nela, Rose teria afirmado que a homossexualidade do comunicador era “um problema sério” e acreditaria que poderia curá-lo com “oração e jejum”. O advogado Nelson Willians, que representa as filhas de Gugu e Rose, repudiou o vazamento e destacou que está fora de contexto.
Willians, que deixou claro que não comenta o processo que tramita em segredo de Justiça, ressaltou que o vazamento “de um documento dos autos” está fora do contexto.
“Rose escreveu a referida carta com o coração em desespero ao saber da traição e da bissexualidade do marido, que ela tanto amava, e porque queria também proteger os filhos. Ainda que imensamente abatida, ela encontra na fé e no seu amor por ele uma saída. A partir desse momento, porém, o casal entra em crise conjugal e Rose, a pedido de Gugu, vai morar no Rio para resguardar a família”, disse o advogado, em um trecho de nota enviada ao Estadão.
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