Halle Bailey diz que família a ajudou após sofrer racismo por escalação em 'A Pequena Sereia'

Atriz e cantora, que dará vida à Ariel, disse que seus avós a lembraram da representatividade que seu papel criará para meninas negras

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Por Julia Queiroz
Halle Bailey viverá Ariel em live-action de 'A Pequena Sereia', que deve ser lançado em 2023. Além de atriz, ela faz parte da dupla Chloe X Halle com sua irmã. Foto: Jordan Strauss/Invision/AP

Halle Bailey comentou os ataques racistas que sofreu após ser escalada para interpretar a princesa Ariel na versão live-action de A Pequena Sereia, que tem previsão de estreia para maio de 2023. 

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Em entrevista à revista Variety divulgada nesta quarta, 10, a atriz e cantora - ela também faz parte de uma dupla com sua irmã, Chloe - contou que recebeu muito apoio de seus avós, que compartilharam momentos em que também sofreram discriminação e racismo.

"Foi uma coisa inspiradora e linda ouvir as palavras de encorajamento deles, me dizendo: 'Você não entende o que isso está fazendo por nós, por nossa comunidade, por todas as meninas negras que vão se ver em você'", disse.

Em 2019, quando foi anunciado que a artista daria vida à Ariel, parte do público levantou a hashtag #NotMyAriel ("Não é a minha Ariel"), criticando a escalação de uma mulher negra para o papel.

Chloe Bailey, que também falou à revista, revelou que sua família se uniu ainda mais após os ataques à irmã. "É importante ter uma rede de apoio forte ao seu redor. É difícil carregar o peso do mundo sozinha", disse.

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Halle é apenas a segunda mulher negra a interpretar uma princesa da Disney, já que Anika Noni Rose deu voz à Tiana em A Princesa e o Sapo. "Eu quero que a garotinha em mim e as garotinhas como eu que estão assistindo saibam que são especiais e que devem ser princesas em todos os sentidos. Não há razão para que elas não sejam. Essa garantia era algo que eu precisava", afirmou.

Segundo Halle, ela refletiu sobre a diferença que teria feito ter visto outra mulher negra em um papel como esse quando era mais jovem: "O que isso teria feito por mim, como isso teria mudado minha confiança, minha crença em mim mesma, tudo. Coisas que parecem tão pequenas para todo mundo, são tão grandes para nós". 

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

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