As cantoras do Fat Family falaram em entrevista ao Rodrigo Faro, da Record TV, no último domingo, 8, como foi o fim do grupo e como é lidar com a morte da irmã caçula Deise Cipriano, vítima de um câncer na região abdominal aos 39 anos, em fevereiro deste ano.
O Fat Family começou a fazer sucesso nos anos 1990 com a música Jeito Sexy e teve discos vendidos em 22 países, mas a popularidade foi se perdendo com o tempo. Suzete, uma das integrantes, conta que os irmãos dividiam o dinheiro igualmente entre eles e incluíam os pais, pois nunca pensaram em enriquecer, mas "em dar uma boa vida" para os pais. "Os shows começaram a diminuir, a agenda também, e a gente não tinha trabalhos novos. Mas as TVs continuaram. Temos uma agenda ainda, [fazemos alguns] shows corporativos e a gente vai se virando, do jeito que dá", revela a mulher. Conforme foram se afastando dos palcos, Suzete diz que a família começou a cortar custos e deixou de morar na mansão onde todos viviam juntos. "Os shows continuaram a cair e decidimos sair da casa. [Tínhamos de] viver a realidade. E a gente não tinha vergonha, não temos até hoje, porque viemos do nada", ressalta. Interessado em reerguer o Fat Family, Rodrigo Faro relançou o grupo com uma surpresa da filha de Deise, Talita Cipriano, que se apresentou no auditório. O apresentador revelou que o objetivo inicial era fazer uma surpresa com a presença da ex-integrante e planejou isso uma semana antes da morte da cantora.
Deise Cipriano
Ainda representando os irmãos na entrevista, Suzete declarou que a primeira vez que subiu ao palco sem Deise foi no programa de Rodrigo Faro. Ela lamenta dizendo que "foi muito difícil", mas enxergou na sobrinha Talita, de 15 anos, um reflexo da irmã.
No palco do programa, a adolescente disse que se sentiu honrada por homenagear a mãe. "Ela deixou um buraco enorme e demorei muito para começar a ouvir a minha mãe. É muito recente, a dor não vai passar. Busquei forças em Deus", falou Talita.
Suzete ainda relembrou do alto astral de Deise mesmo debilitada e internada no Instituto do Câncer, em São Paulo. "Eu acho que nunca vi a Deise triste dentro daquele hospital. A gente ria muito", recordou. "É muito difícil, porque a Deise era uma peça-chave. Não só pela voz, mas pela força que ela tinha", completou.
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