O cantor João Lucas, de 24 anos, era uma criança evangélica. Dançava hip hop. Virou cantor gospel. Casou-se com Sasha Meneghel. Tornou-se artista pop. Ele lança hoje seu primeiro álbum no novo estilo com 15 canções, entre elas, Leonina, inspirada em sua musa. Sobre o primeiro olhar que enviou para a filha de Xuxa, João Lucas diz que “foi muito puro”. Ocorreu em um ambiente com amigos em comum, onde estavam à vontade.
Depois, eles viajaram juntos por causa de um projeto social, a amizade se fortaleceu e evoluiu. “Começamos a sentir um afeto diferente. A gente foi entendendo essa paixão e eu resolvi me declarar. A história foi acontecendo e caminha para o nosso casamento.”
João Lucas fala sobre Leonina e o disco que leva seu nome: “Veio a ideia de fazer uma canção sobre o signo da Sasha. Quem é de Leão aponta e reafirma suas características sempre; tem esse discurso e troca na relação. A canção trata dessa sensualidade, presença e encanto. O álbum João Lucas é um convite para a gente passar pelas descobertas e nuances do amor”.
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Indagado, João Lucas respondeu que “sem dúvida alguma” Sasha é o amor da sua vida. Nunca amou assim e não sabe explicar o sentimento: “Acredito que, em algum momento da vida, todo ser humano terá essa experiência de um amor intenso, que chega a sair pelos poros”.
As formas de amar, reflete o artista, mudaram em relação à época de seus pais e avós: “Hoje a gente pensa em diversas possibilidades e formatos que não se limitam ao gênero masculino e feminino. A minha geração se permite viver essa experiência e entender e aceitar essas diferentes formas de amor”.
Ele resolveu migrar do gospel para a música pop para ter mais versatilidade. Queria se comunicar com todos os tipos de pessoas, independentemente de sua fé. Seguiu sua vontade, seu coração, e pôde fazer o que queria. Contou com o apoio da esposa e da família. O pai de João Lucas é empresário na área de gráficas e pastor; a mãe, pastora e psicopedagoga.
“O tempo foi meu aliado. Já faz alguns anos que lancei a última música gospel, então o público foi se acostumando com essa transição. Esse tópico ainda está presente na minha vida porque estou prestes a lançar meu primeiro álbum de música pop”, aponta. “A igreja é um celeiro muito grande de artistas, pela possibilidade que é dada às pessoas de cantarem, tocarem e dançarem. Essa mudança aconteceu na minha carreira, assim como na de muitos artistas, dentro e fora do Brasil, como Whitney Houston, Katy Perry e Jonas Brothers, cujos pais eram pastores e eles cresceram na igreja”, constata.
Relação com a sogra icônica
O genro já usou até os adereços de Xuxa em seus clipes. Ele elogia a Rainha dos Baixinhos: “Eu tenho saudade e gosto de falar com ela. Sempre procuro levar para Xuxa tudo que tenho feito e construído profissionalmente”.
“Ela é um ser humano muito especial e diferente. Parece que não é deste mundo. Tem aquela imagem famosa dela chegando na nave na época do programa; acho que foi uma ótima representação. Sinto que ela está muito à frente em diversas questões. As pautas que ela já trazia e as bandeiras que levantava desde 1980.″
Veja entrevista em vídeo com o cantor:
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