Joaquin Phoenix resgata bezerra e vaca de abatedouro após o Oscar

Ação ocorreu no dia seguinte da cerimônia, em que o ator fez um discurso contra os maus-tratos de animais cometidos por humanos

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Por João Pedro Malar
Atualização:
O ator Joaquin Phoenix durante ação de resgate de animais Foto: Reprodução / @farmsanctuary

O ator Joaquin Phoenix participou de um resgate de uma vaca e uma bezerra recém-nascida em 10 de fevereiro, um dia após a cerimônia do Oscar em que ganhou o prêmio de melhor ator.

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Os animais foram libertados de um abatedouro em Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos. Segundo a ONG Los Angeles Animal Save, que coordenou a ação, o local é um dos poucos abatedouros do país que não separa a vaca e o bezerro após o nascimento. 

O dono do local, Anthony di Maria, autorizou a ação, da qual Phoenix fez parte. Em certo momento, os dois tiveram uma breve discussão sobre como nomear o processo que resulta na obtenção de carne bovina. O ator repetiu o termo “assassinato”, enquanto Anthony usou “coleta”.

A ONG chegou a examinar a bezerra e constatou que ela tinha cerca de uma semana de vida. A mãe a filha foram enviadas para a fazenda santuário (Farm Sanctuary) que recebe animais resgatados. Phoenix deu nomes para as duas: Liberty (liberdade) para a mãe e Indigo (índigo) para a bezerra.

“Eu nunca pensei que encontraria uma amizade em um abatedouro, mas ao conhecer Anthony e abrir meu coração para o dele, eu percebi que nós poderíamos ter mais em comum do que diferenças. Sem o ato de gentileza dele, Liberty e Indigo iriam ter um fim terrível”, disse o ator, surpreso por ter encontrado uma amizade com o dono do abatedouro. No entanto, Phoenix não mencionou o destino dos demais animais que continuaram no estabelecimento.

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Ao receber o prêmio de melhor ator no Oscar, pela atuação em Coringa, Phoenix fez um discurso contra o uso comercial de animais, e os maus-tratos que eles sofrem: “nós sentimos que temos o direito de fazer inseminação artificial em uma vaca, e quando ela dá à luz nós roubamos o seu filhote, mesmo que seus gritos de sofrimento sejam indistinguíveis. E então nós pegamos o leite dela, que é destinado para o bezerro, e colocamos no cereal e no café”.

*Estagiário sob supervisão de Charlise Morais

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