Klara Castanho, 23 anos, falou sobre o estupro que sofreu e o impacto em sua vida e carreira. Em entrevista à Glamour, a atriz que cresceu diante dos olhos do público nos corredores dos estúdios Globo, abriu o coração sobre o trauma e a onda de apoio que recebeu pela primeira vez. E, entre as revelações, desabafou sobre ter sido forçada a se expor, “achei que poderia levar a dor para o caixão”.
Com mais trechos da entrevista divulgados, Klara falou sobre como o abuso a fez pensar que a sua vida de atriz poderia ter chegado ao fim. “Não queria que fosse o fim da minha carreira,” disse, destacando a importância de falar sobre o assunto. “Sabia que essa entrevista precisaria ser dada em algum momento. Me sinto forte para falar, só desta vez. Não vou deixar que a minha vida se resuma a esse episódio”, disse
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Após ter sua experiência de violência sexual exposta em 2022, Castanho descreveu o período subsequente como um pesadelo. “Todo o período desde o acontecido foi um pesadelo que ganhava novos desdobramentos. Eu simplesmente não queria viver aquilo,” revelou. A atriz compartilhou como lutou para processar o acontecido, enfrentando insônia e uma profunda sensação de vulnerabilidade. “Eu não dormia, meus pais não dormiam. A gente chorava junto dois dias e dormia um. Acho que entrei no modo de sobrevivência e virei um zumbi. Foi um período de grande tortura para mim, “contou.
A decisão de seguir em frente veio da necessidade de proteger sua família e continuar na sua profissão. “Não queria que esse fosse o fim da minha carreira... Queria ter momentos bons de novo,” explicou Klara.
Ao mesmo tempo, a atriz também destacou o apoio que recebeu por meio das redes sociais, descrevendo-o como um movimento de sororidade. “Meu direct do Instagram e meu e-mail se tornaram um ponto de troca e conversa. Recebi mensagens lindas. Recebi um amor de pessoas que não sei nem mensurar”, disse.
Exposição e solidariedade
Em 2022, a atriz Klara Castanho enfrentou uma das fases mais turbulentas de sua vida após ter sua experiência traumática de estupro e a subsequente adoção de seu bebê expostos na internet. A revelação veio através de uma carta aberta publicada pela própria atriz em seu Instagram, na qual ela detalhava ter sido vítima de estupro, uma gravidez não percebida até quase o final da gestação, e a decisão dolorosa, mas considerada necessária, de entregar a criança para adoção.
Klara explicou que, apesar de ter tomado todas as precauções médicas possíveis após o abuso, incluindo a pílula do dia seguinte, ela não apresentou sinais físicos ou hormonais da gravidez até que começou a passar mal nos últimos meses. “Foi um choque. Meu mundo caiu,” descreveu sobre o momento da descoberta. A atriz ressaltou a falta de empatia do profissional que a atendeu e a dor profunda que sentiu ao tomar a decisão de adoção, enfatizando que foi uma escolha feita pensando no bem-estar da criança.
A exposição do caso gerou uma onda de repúdio contra Antonia Fontenelle e Leo Dias, figuras públicas que, de acordo com relatos, contribuíram para a exposição da história de Klara. Ambos fecharam os comentários de suas redes sociais após a repercussão negativa. A editora-chefe do portal Metrópoles, onde a história foi inicialmente divulgada por Dias, retirou a matéria do ar, admitindo que a exposição foi uma violação inaceitável da privacidade de Klara, vítima de violência.
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