A cantora Maiara acordou nesta segunda, 5, rebatendo críticas que recebeu, acusando-a de ter “bebido demais” em um show da dupla Maiara e Maraisa no último final de semana, em Florianópolis, que também contou com a presença de Simone Mendes. Maiara argumentou que os homens do sertanejo também fazem uso de bebida alcoólica, inferindo que não seriam tão criticados.
A cantora disse que não pretende mudar a forma de agir para agradar quem a critica. “O que eu achar devo falar no show ou não, vou falar sim, porque eu cheguei aqui sendo autêntica”, disse. Ela também explicou o contexto da apresentação em que foi criticada:
“Nesse dia da Simone, eu me senti muito em casa, estava feliz e me joguei, mas acho que me joguei demais. A vida inteira eu bebi, a vida inteira o povo disse que eu não iria fazer sucesso porque bebia, ou porque eu era gordinha... Todo mundo vai colocar defeito em tudo”, argumentou.
“Pau a pau com o Leonardo”
A cantora continua: “Os homens do sertanejo também bebem. Todo show, todos eles bebem. Por que eu, que sou mulher, não posso beber também?”, rebateu. Em outro momento, ela brincou com a situação, fazendo referência a dois cantores também conhecidos por não esconderem o apreço por um aperitivo. “Meu objetivo é ser, pelo menos, pau a pau com o Leonardo. Acho que o Zeca Pagodinho já eternizou, então não tem jeito.”
Leia também:
Sertanejo universitário e suas temáticas
O consumo de bebidas alcoólicas não é raro em shows de diversos estilos musicais mas, no sertanejo, ganhou destaque, especialmente com a projeção das lives feitas na pandemia. Gusttavo Lima, por exemplo, já foi bastante criticado por ter se apresentado com bebidas - ele é, inclusive, patrocinado por marcas do gênero e, na ocasião, recebeu até represálias do Conar, órgão de autorregulação publicitária.
Maiara e Maraisa são cantoras de destaque no “feminejo”, estilo que dá voz à vivência feminina dentro do sertanejo universitário, cujas letras trabalham temas como festas, flertes e, consequentemente, o consumo de álcool, que faz parte do lugar-comum das composições. A fala da cantora acaba refletindo as próprias temáticas do gênero musical em que ela está inserida, como mulher que também produz - e canta - dentro desse ambiente.
Nas redes sociais, a cantora recebeu tanto críticas quando elogios pelo posicionamento. “Não vou a shows para ver baixaria”, escreveu um seguidor, enquanto outro argumentou: “Ela não precisa dar satisfações a ninguém”.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.