Matheus Possebon, empresário de Alexandre Pires, é afastado de produtora após prisão preventiva

Executivo da Opus Entretenimento é investigado por suspeita de envolvimento com o garimpo ilegal em terras indígenas

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Por Redação
Atualização:

Matheus Possebon foi afastado da produtora de eventos Opus Entretenimento, onde ele trabalhava como executivo, após a prisão preventiva. O empresário agenciava a carreira de Alexandre Pires antes dos dois serem investigados pela Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento com o garimpo ilegal nas terras indígenas Yanomami, em Roraima.

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A informação foi revelada pela produtora, em nota, nesta quarta-feira, 6. Veja o comunicado na íntegra enviado ao Estadão:

“A Opus Entretenimento, com 47 anos de atuação no mercado de eventos, esclarece que não é citada na Operação Disco de Ouro, desconhece quaisquer atividades irregulares realizadas por pessoas ligadas à empresa e confia nas autoridades competentes para a apuração correta dos fatos.

O empresário Matheus Possebon Foto: Reprodução/ Youtube/ MatheusPossebonReal

O empresário Matheus Possebon atuava como prestador de serviços na realização de shows, turnês e agenciamento de carreiras, sem participação na sociedade da empresa. E, até os devidos esclarecimentos, ele está afastado das atividades da companhia.

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Com a realização de mais de 3 mil espetáculos por ano e um total de público estimado em 6 milhões de pessoas, a Opus mantém o compromisso de promover a cultura e o entretenimento em todo o país”.

A produtora confirmou que segue agenciando Alexandre Pires após o afastamento de Matheus. Conforme a investigação, Pires teria recebido pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. Já o Possebon é suspeito de financiar o garimpo na Terra Indígena Yanomami. Ele seria um dos “responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes”, aponta a PF. Veja mais sobre o caso.

Ao Estadão, o advogado de defesa de Possebon, Fábio Tofic Simantob, confirmou que ele foi preso preventivamente. Em nota enviada à reportagem, ele afirmou que a prisão “é uma violência” e “foi decretada por conta de uma única transação financeira com uma empresa que Matheus não mantém qualquer relação comercial”.

“Mais grave ainda, a prisão se deu sem que Matheus pudesse ao menos esclarecer a transação. A defesa, porém, está certa de que esta violência será prontamente desfeita, e que Matheus poderá em liberdade comprovar que nada tem a ver com esta investigação”, diz o comunicado.

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A reportagem tentou contato com Pires, mas não teve retorno até o momento desta publicação. Os advogados do cantor enviaram uma nota pública ao Estadão negando o envolvimento do cantor com o garimpo ou extração de minério. Eles ainda negam “qualquer ato ilícito” (veja nota completa abaixo).

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