Pedro Cardoso critica os artistas sertanejos de hoje: ‘Música do fascismo brasileiro’; veja vídeo

Ator considera que as atuais produções sertanejas de sucesso são influenciadas pelo country norte-americano, além de ter temática vazia. ‘É sobre nada, sobre ser corno ou não ser corno’, disparou ele

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

O ator Pedro Cardoso criticou a música sertaneja durante participação no programa Do Bom e do Melhor, da Rádio Bandeirantes. A entrevista foi transmitida há três semanas, mas o trecho em questão viralizou nas redes sociais nos últimos dias.

No trecho, o ator diz considerar que as produções sertanejas de hoje são “monótonas” e “a música do fascismo brasileiro”, sem artistas verdadeiros por trás.

O ator, roteirista e diretor Pedro Cardoso. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

PUBLICIDADE

Para ele, é injusto nomear como sertanejo as atuais produções de sucesso do segmento. “Sertanejo é No Rancho Fundo, que cantava os temas do sertão. O que se tem agora é [uma música sobre] ser corno ou não ser corno; de minha namorada me largou, ou eu larguei minha namorada; a gente se ama, a gente não se ama”, começou o intérprete de Agostinho Carrara, de A Grande Família.

Na visão de Cardoso, a música sertaneja brasileira do momento seria uma influência dos Estados Unidos. “Esses comerciantes agrícolas brasileiros são muito apegados à cultura estadunidense, e como lá há o country, que seria o equivalente, eles importaram, inclusive, o layout dos megashows deles e a estética. Perdeu todas as características brasileiras”, disparou.

Publicidade

O ator disse ainda que, apesar do sertanejo contar com personalidades que sabem cantar e produtores capazes de reproduzir a sonoridade do estilo, “não sei se tem algum artista verdadeiro ali, sinceramente”.

Sua crítica é quanto à temática. “Na minha opinião, é completamente monótona e de baixíssima inspiração. Não é à toa que essa é a expressão do fascismo brasileiro, uma música vazia, sobre nada, sobre ser corno ou não ser corno. É uma obsessão com a masculinidade que é característica dos autoritarismos”, completou ele.

Veja o vídeo na íntegra:

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.