Preta Gil comentou os ataques que recebeu pela capa de seu primeiro álbum de estúdio, Prêt-à-Porter, lançado em 2003, no qual aparece nua. Em entrevista ao programa Foquinha no Gshow, que foi ao ar nesta terça-feira, 5, a cantora disse que a sua gravadora pediu que a foto fosse censurada com uma tarja preta, mas que optou por colocar uma fita do Senhor do Bonfim.
"É cansativo você ver o seu corpo o tempo todo sendo atacado e você sendo reduzida ao corpo. Você ver a sua carreira, um disco inteiro reduzido a uma foto polêmica", disse Preta sobre as críticas que sofreu na época.
Ela afirmou, no entanto, que não se arrepende da imagem escolhida: "Aconteceu, faria tudo de novo e acho que é um marco mesmo na história". A artista disse que sofreu "sozinha e calada", mas que hoje acha que a capa do disco abriu caminho para que outros mulheres pudessem fazer o mesmo: "Hoje eu tenho orgulho porque vejo frutos".
A entrevista, concedida ao lado da influenciadora Alexandra Gurgel, teve foco em temas como gordofobia, empoderamento feminino e o movimento do corpo livro. "Até pouco tempo atrás, eu não botava o meu braço de fora. Aí eu comecei a me libertar. Agora coloco o meu braço de fora, uso biquíni cada vez menor", disse a cantora.
*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais
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