Saiba quanto o artista ‘azul’ recebeu por papel na cerimônia de abertura das Olimpíadas

Segundo portal francês, Comissão Olímpica havia afirmado que artistas que se apresentassem não receberiam qualquer valor. Philippe Katerine interpretou deus Dionísio

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Por Redação

Philippe Katerine, o artista “azul” que esteve no centro da performance polêmica da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, revelou o valor que teria recebido pela atuação. Ele interpretou Dionísio, o deus grego do vinho, em uma cena que incluía drag queens e diversos dançarinos. O momento atraiu críticas de grupos religiosos que apontaram uma suposta paródia de A Última Ceia, obra de Leonardo da Vinci.

Segundo reportou o portal francês Le Parisien nesta quinta, 1º, Katerine concedeu uma entrevista ao Libération afirmando ter recebido € 200 (cerca de R$ 1,2 mil) pelo papel. “Me pareceu muito. Eu apenas coloquei [a quantia] no bolso. Mas, você sabe, eu teria pago € 200 para fazer isso”, disse.

Artista 'azul' revela quanto recebeu para se apresentar na cerimônia de abertura das Olimpíadas. Foto: @Olympics via X

Ao portal Konbini, o artista reafirmou o valor e ressaltou que não sabe a quantia que seus colegas de cena receberam. “Não sei quanto receberam os outros, espero que tenha sido igual. Igualdade e fraternidade, certo? [...] A ideia não era ganhar dinheiro. A ideia era fazer algo muito emocionante, para transmitir uma mensagem de paz”, comentou.

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A revelação gerou controvérsias, já que, segundo o Libération, o Comitê Olímpico havia afirmado que artistas que participassem da cerimônia de abertura não seriam pagos. A declaração foi feita em julho após rumores de que Céline Dion receberia € 2 milhões (cerca de R$ 12,5 milhões) pela apresentação na abertura.

“Sejam de renome nacional ou internacional, os cantores famosos que se apresentarem na cerimônia de abertura não receberão nenhum valor pela sua apresentação”, afirmou a instituição. Procurado pelo Le Parisien, o Comitê não se manifestou.

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Artista se desculpou por performance

Katerine, pintado de azul e aparentemente nu, deitou-se sobre uma mesa enquanto cantava a música Nue (Nu), cujo objetivo era transmitir uma mensagem de paz inspirada em conflitos como os de Gaza e Ucrânia. Sua performance viralizou nas redes sociais, sendo vista por milhões de pessoas ao redor do mundo.

Em entrevista à CNN, Katerine explicou que sua música questionava se haveria guerras se as pessoas estivessem nuas, destacando a ideia de inofensividade e a ligação com as origens dos Jogos Olímpicos na Grécia, onde os atletas competiam nus.

Após críticas da Igreja Católica e de grupos cristãos, os organizadores das Olimpíadas pediram desculpas, afirmando que não houve intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso. Anne Descamps, porta-voz de Paris 2024, e Thomas Jolly, diretor da cerimônia, negaram que A Última Ceia tenha sido a inspiração para a cena.

Katerine expressou seu pesar por qualquer ofensa causada, reforçando que a intenção nunca foi chocar, mas promover uma mensagem pacífica. Ele também pediu perdão aos cristãos, ressaltando a importância do perdão na fé cristã.

Apesar das críticas, Katerine foi elogiado por criar uma das memórias mais duradouras da cerimônia. Sua preparação para a performance incluiu três horas de maquiagem e uma depilação completa, demonstrando grande dedicação ao papel.

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DJ que participou da cena denunciou ameaças

A DJ Barbara Butch, que se apresentou ao lado de Katerine na cena, denunciou internautas que a atacaram após a performance. Em entrevista à agência de notícias Associated Press, Butch confirmou que registrou uma denúncia alegando ser vítima de insultos e ameaças de morte.

Barbara Butch relatou ameaças de morte após se apresentar na cerimônia de abertura das Olimpíadas. Foto: @barbarabutch via Instagram

De acordo com a advogada da DJ, Audrey Msellati, o caso foi registrado na Justiça de Paris, que vai decidir se inicia ou não uma investigação formal. Barbara Butch usava uma coroa prateada, semelhante a uma auréola, enquanto se apresentava no colorido desfile da Ponte Debilly.

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