Sandy: Crises de pânico, estigma e fama ‘irreal’ de santa; veja as novas revelações da cantora

Cantora revelou que era ‘muito cobrada e especulada’ pela mídia ao longo da sua juventude: ‘Era uma imagem engessada’. A estrela também comentou sobre a dificuldade que teve em voltar aos palcos ao lado do irmão

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

Em sua primeira participação para um podcast, Sandy revelou que se sentia incomodada com a sua fama de “santa” construída ao longo da carreira e contou que durante a sua adolescência foi “muito estigmatizada”. Segunda ela, até a sua sexualidade era questionada em público.

PUBLICIDADE

“Um apresentadora te coloca em uma saia justa, no Fantástico, e vem te perguntar sobre a sua virgindade? Que isso?”, rebateu a a cantora. A declaração foi feita durante a sua participação para o podcast Quem Pode, Pod, apresentado por Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme.

“Eu era muito vigiada, muito cobrada, muito especulada, muito estigmatizada. Quando eu tinha 14 anos alguém me fez essa pergunta: ‘Você pensa em casar virgem?’ e [essa pergunta] não estava elaborada na minha cabeça”, desabafou.

Sandy pontuou que não sabia impor limites na época e tinha dificuldades para dizer nas entrevistas que não se sentia confortável em falar sobre o assunto. “Ou eu me expunha e me sentia mal depois ou eu mentia. Eu menti sobre o meu primeiro beijo”, disse.

Sandy participa do 'Quem Pod, Pod', de Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme Foto: Reprodução/Youtube/Quem Pode, Pod

Sandy ainda confidenciou que sofreu com a fama de santa que recebeu ao longo dos anos. “Era uma batalha mais interna. A gente conversava às vezes com o assessor de imprensa e perguntava: O que nós podemos fazer?’, porque era uma imagem muito irreal, muito cristalizada e engessada que fizeram de mim”, frisou.

Publicidade

A estrela, por sua vez, destacou que qualquer coisa que fizesse já virava notícia e que se sentia em uma “prisão”. “Eu era uma adolescente normal. Eu namorava, eu tinha a minha vidinha, tinha a minha sexualidade, mas qualquer coisa virava notícia. Era muito difícil encarar tudo”, relatou ao comentar que foi capa de 14 revistas ao mesmo tempo.

Sandy esclarece que nunca quis mudar a sua imagem de forma artificial e disse que essa transformação para o público “pode demorar um pouco, mas fazer o quê?”.

‘Tive crise de pânico’

Durante a entrevista, a estrela também comentou sobre a sua relação com a maternidade, a escolha em não expor os filhos, sua relação com Júnior e como foi retomar a parceria com a turnê Nossa História, em 2019, depois que ingressou na carreira solo.

“Eu fiquei apavorada, eu não sabia se eu saberia ser aquela artista de novo. Eu tive crise de pânico, várias! Tinha dia que eu ficava chorando e falando: ‘eu não vou conseguir outro ensaio, não vou conseguir outro ensaio… não consigo fazer isso’”, contou.

Sandy e Junior na turnê 'Nossa História', no Allianz Parque em São Paulo Foto: Daniel Teixeira/Estadão

“Eu não sabia se eu dava conta do tamanho, dessa visibilidade, dessas atenções muito voltadas para nós, eu não sabia se eu queria aquilo, era muita responsabilidade. E também porque os shows tinham duas horas e pouco [de duração], eu tinha que cantar, dançar, trocar de roupa, ser artista pop de novo, do nada, virar essa ficha. Eu não sabia se eu sabia fazer isso de novo, eu estava com medo, de verdade.”

Publicidade

Novo ritmo

Ao falar sobre a maternidade, Sandy apontou algumas mudanças com a chegada do filho, Theo, 9, fruto do relacionamento com o músico Lucas Lima. “Tive que puxar o freio”, falou. Segundo ela, desde que se tornou mãe optou por um ritmo mais tranquilo na carreira.

“Desde que fui mãe, eu passei a trabalhar muito menos. Eu adquiri outro ritmo. O meu ritmo já era mais lento desde quando comecei a carreira solo”, relatou. “Tem um bando de coisa que agora eu posso escolher e eu não quero mais. Agora eu me sinto muito mais livre para percorrer um caminho só meu e posso traçar do jeito que eu quiser”, pontuou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.