Suposto filho de Gugu desabafa em meio à divisão de bens do apresentador: ‘Gratidão sempre’

Entenda como está a disputa pela herança, estimada em R$ 1 bilhão

PUBLICIDADE

Por Raisa Toledo

Após quase cinco anos, a divisão da herança deixada por Gugu Liberato pode estar mais próxima. Está marcada para a próxima segunda-feira, 9, uma audiência de conciliação presencial entre os herdeiros do apresentador com Rose Miriam, João Augusto Liberato, de 21 anos, as gêmeas Marina e Sofia, de 19 anos; e o comerciante Ricardo Rocha, 49, que também alega ser filho de Gugu. A informação é da Veja.

PUBLICIDADE

O pedido foi feito pelos advogados de defesa dos filhos reconhecidos legalmente, que buscam solucionar o quanto antes a investigação da paternidade e já aceitaram ceder material genético para a realização do teste de DNA.

Ricardo Rocha usou as redes sociais nesta quinta-feira, 5, para desabafar em meio aos trâmites da divisão de bens. “Deus é o tempo todo… Aonde você for, eu serei contigo. Aonde você colocar a sua mão, coloco a minha. Aonde as plantas dos seus pés pisarem, eu piso com o meu. Gratidão sempre”, escreveu o suposto filho de Gugu nos stories do Instagram, em perfil da concessionária da qual é proprietário.

Final do 'Canta Comigo' foi o último programa inédito deixado por Gugu Liberato. Foto: Antonio Chahestian/Record TV/Divulgação

No início da semana passada, a Justiça de São Paulo bloqueou parte da herança deixada pelo apresentador Gugu Liberato após manifestação da defesa de Rocha. De acordo com o g1, o pedido aconteceu depois que um acordo extrajudicial de partilha do espólio foi registrado em cartório pelos nove herdeiros apontados pelo testamento, em 16 de agosto.

Publicidade

O acordo instituía que João Augusto, Marina e Sofia receberiam 25% cada, os sobrinhos, 5%, e a mãe de Gugu, Maria do Céu, de 95 anos, uma renda vitalícia paga pelos herdeiros.

Em relação ao pedido da defesa do suposto filho, o juiz da ação sobre o reconhecimento de paternidade analisou que “os herdeiros tinham plena consciência dessa ação e não poderiam ter realizado acordo extrajudicial sem proceder à necessária reserva de bens como garantia de eventual direito do autor”.

A Justiça concedeu então o bloqueio de parte do patrimônio de Gugu na proporção que caberia a Rocha ao fim da ação, caso seja comprovado o parentesco. De acordo com o portal Metrópoles, trata-se do bloqueio de um quarto de todos os saldos de contas bancárias e aplicações financeiras de Gugu, além de eventuais valores já transferidos a terceiros.

O empresário Ricardo Rocha alega ser filho do apresentador Gugu Liberato. Foto: @ricardo_upmotors via Instagram

Também na última semana, veio à público que Rose Miriam desistiu do processo em que pedia o reconhecimento de união estável com o apresentador e renunciou ao espólio. Antes, ela reivindicava 50% do patrimônio de Gugu.

Publicidade

A renúncia foi protocolada no dia 21 de agosto e pôs fim a uma disputa judicial e familiar, já que, enquanto o pedido de Rose era apoiado pelas filhas, havia a discordância dos outros herdeiros apontados no testamento.

Relembre os fatos

Morto em um acidente doméstico em novembro de 2019, o apresentador Gugu Liberato deixou um testamento em que dava aos três filhos 75% da herança, estimada em R$ 1 bilhão.

Os outros 25% do patrimônio seriam divididos entre os cinco sobrinhos; três deles filhos de Amandio Liberato, seu irmão mais velho, e os outros dois de Aparecida Liberato, que foi nomeada a curadora do espólio.

Também havia sido prevista uma pensão vitalícia de R$ 163 mil por mês para a mãe do apresentador.

Publicidade

Ricardo Rocha entrou em cena em 2023, quando alegou ser filho do comunicador, pediu exame de DNA e entrou na disputa pela fortuna.

Conforme reportado pelo Estadão, mal entraram na sala em que testemunhas seriam ouvidas, na audiência judicial marcada para discutir a herança, os três filhos e a irmã de Gugu, Aparecida, foram avisados que um oficial de Justiça estava no local para entregar a eles uma intimação.

Marina, Sofia e João Augusto tomaram, então, conhecimento da existência da ação de investigação de paternidade “post mortem” aberta pelo comerciante.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, a mãe de Ricardo, Otacília Gomes da Silva, teria conhecido Gugu, ainda adolescente, em uma padaria em Perdizes, São Paulo, no segundo semestre de 1973.

Publicidade

Eles passaram a se encontrar diariamente no estabelecimento e ficaram amigos. Posteriormente, se envolveram mais intimamente. Em 1974, depois de passar férias no litoral paulista com a família para a qual trabalhava, Otacília descobriu que estava grávida, mas nunca mais teria conseguido entrar em contato com Gugu.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.